Porque se você pensar direito, sempre existe um motivo pra sorrir
domingo, 29 de junho de 2014
Como eu me sinto voltando
Volto para o Brasil amanhã (Sim, eu sei que meus posts não chegaram nem nos seis meses de intercâmbio ainda! Desculpem, ok?). Várias pessoas andam me perguntando como eu estou e acho que depois do meu texto de Como eu me sinto indo embora achei que também seria justo mostrar como é o outro lado.
Bom, eu me sinto estranha. Bipolar, mais ou menos como quando eu vim.
Às vezes penso em ver todas as pessoas maravilhosas que deixei para trás de novo e me sinto maravilhosa! 20hs me parece tempo demais até esse vôo! Estou louca pra abraçar todo mundo, distribuir os presentes, contar as histórias... Mas aí eu penso no quão difícil será voltar para Austrália. Penso que tudo que eu vejo aqui pode ser pela última vez. E também tem a falta que vou sentir de morar a 15 minutos de caminhada da praia, de escolher minha comida 10 minutos antes de fazer sem ter que agradar mais ninguém, de tirar xerox e passar as compras sem precisar de caixa, de andar na rua de madrugada só com medo ao invés de pavor, de fuçar as bugingangas do Market, dos ônibus pouco lotados, da igrejinha perto de casa, das aulas e dos filmes em inglês, do vento sem fim, dos dias de céu azul... Sabe? Coisinhas bestas que já fazem parte do meu cotidiano.
Veja bem! Não quero dizer que a Austrália é melhor que o Brasil. Aqui tem seus problemas (Alguns mais graves, outros menos, mas tem) assim como qualquer lugar do mundo. Fiz poucos amigos gringos porque ninguém é tão receptivo quanto os brasileiros. Sei que parte disso se deve ao fato de que na faculdade eu nunca tinha duas matérias com a mesma turma e ainda na mesma turma as oessoas já tinham seus amigos. Conversei com várias pessoas, de todos os lugares do mundo, em Sydney e viajando, mas são poucos os que querem trocar contatos (Exceto, claro, brazucas). Nem queira ver como limpeza é feita aqui! Muito menos em restaurantes! Cada vez que como fora penso no quanto um fiscal da vigilância sanitária sofreria por aqui. E que sistema de transporte terrível! Razoavelmente pontual e vazio, mas o preço das passagens é muito confuso! Agora vai mudar, espero que melhore... Ou seja, sentirei falta de muita coisa e também não sentirei de várias.
E penso que é assim com tudo na vida. Lugares, pessoas, tudo tem suas vantagens e desvantagens. Tudo deixa uma marca, tudo deixa saudade e acabamos criando carinho. Por isso estou conformada de que meu destino é a bipolaridade. Na tristeza de toda partida sempre se encontra a alegria de uma chegada.
Até em casa!
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Waitomo Caves, Hobbiton e Rotorua
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Sim, esse lugar existe! E é IGUAL! |
Alooouuu,
meu povo!
Se eu não tenho mais nada pra fazer? Claro que
tenho! Mas a internet se foi e eu não tenho como baixar nem as perguntas do meu
trabalho. Mas para noooooossa alegria o word funciona off-line e eu posso
escrever para o blog! Yess!
Se vocês
prestaram atenção, eu disse que peguei um vôo de Dunedin para Auckland, porém
Auckland não aparece no título desta postagem. Não, eu não pulei Auckland, é só
porque eu passei uma noite lá e saí no outro dia cedinho para um dos meus dias
mais legais aqui! De Auckland eu só levei muita chuva e um arco-íris como
promessa de dias melhores J
Ok, Auckland, eu volto! |
Waitomo é
uma cidade bem pequenininha que gira em torno de sua maior atração turística:
As Gloworm Caves. Gloworms é traduzido como vermes brilhantes, mas eu acho que
isso tira muito o charme da coisa. Eles são mesmo minhoquinhas que se prendem
ao teto das cavernas. O corpo parece só um fiozinho transparente e a ponta é
bioluminescente. O resultado disso é que quando você passa por uma caverna
repleta deles a impressão que se tem é de olhar um céu estrelado. É realmente
espetacular! Infelizmente é proibido tirar fotos dentro da caverna (Não sei
porquê), mas vocês têm minha palavra de que lá é exatamente tão lindo quanto
aparece nas fotos de divulgação. Se não for mais! Existem duas opções de tour:
Um mais explicativo, em que você vê o salão maior da caverna e depois pega um
barquinho pela parte onde tem mais gloworms. Esse salão tem poucos dos
bichinhos, mas é muito bonito e enorrrme! Ele tem uma acústica natural
excelente e por isso é aberto para celebrações. Sim, tem gente que se casa nas
Waitomo Caves! A segunda opção é descer de bóia pelo riacho que atravessa as
cavernas. Esse tour é mais caro, a água é gelada e um pouco claustrofóbico,
mas, se você estiver disposto a superar tudo isso, dizem que vale muito a pena!
(Eu obviamente fiz o de pobre)
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É DESSE jeito! |
Olhando de fora nem parece nada de mais... |
Mega estrutura só para receber os turistas nas cavernas |
Saindo de
Waitomo meu ônibus foi para Matamata, a cidade onde fica Hobbiton (Existem
tours que saem de Rotorua também). Eu sou muuuuito fã de O Senhor dos Anéis e O
Hobbit e afins, então sou suspeita para falar, mas eu me apaixonei pelo lugar!
Para vocês terem uma idéia, lá existem 36 tocas de Hobbit, das mais variadas
cores e tamanhos. Eu tenho 32 fotos lá. Acho que as outras 4 estavam cercadas.
Hahaha Ah! Para quem não sabe, Hobbiton é o estúdio desativado onde filmaram as
trilogias de O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Está tudo lá para ver, inclusive o
bar dos filmes, O Dragão Verde, funciona e o tour inclui uma cerveja ou
refrigerante de lá (Com sabores bastante interessantes, diga-se de passagem).
Tem também uma lojinha de colecionáveis e os guias contam várias curiosidades
sobre as filmagens que estão todas anotadas e um dia serão publicadas aqui.
Quem me tem no face já cansou dessa foto... |
Bolsão (Entendedores entenderão) |
Percebeu que é a mesma ponte lá de cima? *-* |
O Dragão Verde |
s2 |
Um
parêntese rápido: E peguei esse tour de Auckland até Rotorua porque tinha pouco
tempo e se fizesse tudo num dia só poderia conhecer mais coisas. Se você tiver
tempo pode ir de Auckland para Waitomo e depois de Auckland para Matamata com
mais calma e gastando menos. Existem ônibus e tours para as duas cidades.
De Hobbiton
fui para uma cidadezinha chamada Rotorua, que é a capital da cultura Maori, que
são os índios neo zelandeses. Além de capital Maori, Rotorua é famosa por seu
parque vulcânico, repleto de lagos quentes e coloridos. A parte ruim é que isso
deixa a cidade com um desagradável aroma de enxofre 24hs por dia. Claro que
estando por lá eu decidi ir a um jantar Maori, na Tamaki Village, que é a vila
mais famosinha, mas existem várias, caso você ache essa muito cara (Porque é
cara mesmo).
Vila Maori |
O Haka |
Jantar saindo do forno! |
Para
começar, devo destacar os motoristas, não apenas os da Tamaki, mas os
motoristas da Ilha Norte em geral. Só que esses são especiais! Eles escolhem um
chefe entre os passageiros de cada ônibus que devem participar das cerimônias.
A escolha já é engraçada porque, claro, não existem voluntários, e os tais
chefes são obrigados a participar de várias cerimônias e brincadeiras (Os não-chefes
também podem se quiserem). Tem o Haka (Jogue no YouTube pra ver os All Blacks,
o time de rúgby, fazendo), treinamento de corrida, pintura, música e uma
bolinha presa numa corda (Tipo um bilboquê) que as mulheres usam. E claro, tem
o jantar, que é assado enterrado em brasas. Fica delicioso, tem sabor de
churrasco e inclui sobremesa. Sério, é muuuuuita comida!
Na volta do
jantar meu guia continuava empolgadíssimo e botou o povo pra cantar no ônibus,
igual criança do primário. Como já eram 22hs, o que por aqui é madrugada, as
ruas estavam desertas e eles ficou brincando de girar infinitamente nas
rotatórias (Com um ônibus de 30 lugares!) enquanto a música continuava... E
devido à proximidade do Natal ele pediu que cada um cantasse Noite Feliz em sua
língua natal. Nós tínhamos ingleses, alemães, americanos, australianos,
franceses, brasileiros... Ou seja, virou uma bagunça, mas ainda assim foi muito
bonito!
No dia
seguinte peguei um ônibus para Tongariro e não, não fui ver as águas térmicas
porque estava com medo de ficar andando sozinha e me perder. Dizem que também
tem uma floresta de folhas vermelhas bem interessante por lá e que eu não
conheci.
Apesar de
eu estar sozinha, sempre tinha alguém para conversar em cada coisa que eu
fazia, o segredo é chegar na cara de pau e puxar papo mesmo. Sempre tem mais
gente viajando sozinha e que vai estar tão desesperada por companhia quanto
você. Nesse dia conheci dois americanos, três alemãs e duas brasileiras fofíssimas,
chamadas Lara e Mirna, se alguém conhecê-las diga que eu mandei um abraço! (De
verdade)
Um abraço
também pra você que leu até aqui. Nos vemos em Tongariro!
Quem conhecer avisa que elas são famosas agora! Hahaha |
terça-feira, 27 de maio de 2014
Dunedin
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Esse é um Dunedain, que não tem nada a ver com Dunedin, mas que a gente gosta mesma coisa |
Alooou meu povo!!
Devo confessar que a vida está um pouco melhor pra mim agora que os piores trabalhos passaram. Ainda tenho três provinhas, um quiz e mais um trabalho para fazer, mas nada que me impeça de dedicar uma horinha da minha vida a este pequeno blog.
De acordo com a última vez que chequei, estávamos saindo de Franz Josef/Wanaka rumo a Dunedin. De cara eu já me apeguei ao nome da cidade porque, quem leu e é um pouco fã de O Senhor dos Anéis como eu sabe, Dunedain é o nome dado à mais nobre casa humana da Terra Média, da qual descendem os grande reis, incluindo Aragorn, um dos mocinhos da parada toda. E eu acho simplesmente incrível que a primeira capital da Nova Zelândia, que um dia viria se tornar a própria Terra Média, tenha recebido um nome tão parecido sem que as duas coisas não tenham absolutamente nenhuma relação concreta.
Uma das vistas da cidade |
Além de primeira capital, Dunedin é a cidade mais antiga de toda a Nova Zelândia e a maior que visitamos na Ilha Sul, onde fica o único castelo do país, a rua mais íngreme do mundo (Uhuull!) e a fábrica da Cadbury, que, confesso, foi a verdadeira razão pela qual passamos por lá.
Sim! É uma montanha de barras douradas de chocolate, que valem mais do que dinheiro! |
Vê a sacolinha na minha mão? Chocolates grátis!! |
Primeiros carrinhos da Cadbury |
Depois disso decidimos dar um passeio pela cidade, que é cheia de prédios antigos e muito bonitos, incluindo aí a primeira igreja do país que parece bastante confortável para algo tão antigo. Eles têm também uma estação de trem super charmosa que fazem viagens que parecem muito interessantes, mas cobram os olhos da cara. E talvez um rim. Bem no centro da cidade tem uma praça rodeada de bares e restaurantes (Me lembrou muito BH) onde você pode conseguir comida muito boa e observar o movimento. Recomendo fortemente um lugar que vende sanduíches chamado Velvet Burguer. Delicioso!
Estação de trem |
Por fora |
Estação |
Nesse dia em específico o movimento estava ainda maior porque estava acontecendo a Graduation Parade da turma de Medicina. Eu explico: Nas grandes universidades neo zelandesas, as turmas de formandos desfilam pela cidade, cada dia uma turma diferente (Porque as cidades são tão pequenas e tem tão pouca gente que dá para fazer esse tipo de coisa), e
A primeira igreja |
Vitral muuuuito lindo! |
Por dentro. Muito fofa! |
No dia seguinte, decidimos visitar o tal castelo, que se chama Lanarch Castle. Conseguimos um senhor muito fofo para ser nosso guia (E depois descobrimos que ele era o pai da moça do hostel, que indicou ele pra gente) que nos levou até lá e nos mostrou um monte de coisas que jamais encontraríamos sozinhas (Até porque já estávamos saindo sem ver e ele voltou lá pra mostrar). Lanarch é o nome do nobre que foi dono do castelo. Ele teve três esposas e acabou se matando porque, dizem, a terceira estava tendo um caso com o filho mais velho. Além do castelo, a família tem um enorme mausoléu no cemitério local, construído especialmente para a primeira esposa, que era a mais amada.
A princesa na torre mais alta. Hahahaha |
Castelo visto do jardim |
Uma panorâmica básica |
O salão de baile |
Depois que os Lanarch perderam o prestígio, o castelo foi vendido para duas irmãs que se interessaram pela história e decidiram deixar tudo preservado e abrir para visitação. Elas ainda abriram um café no salão de baile (Que ainda pode ser alugado para festas, caso alguém tenha interesse) e cuidam dos jardins espetaculares, repletos de referências à Alice no País das Maravilhas (Nem me pergunte porquê). Ah! Se você alugar o salão seus convidados podem se hospedar nos estábulos, que foram transformados em um hotel normal, para humanos mesmo.
Ok, agora são mil fotos dos jardins |
Como eu disse, Alice no País das Maravilhas |
Você consegue ver o coelhinho? |
Deixa a Rainha de Copas me ver aqui... |
Essa é a porta que leva ao País das Maravilhas. E é bem escondida! Só achamos porque o guia mostrou. |
Saindo do castelo ainda tivemos tempo de tomar outros destinos. Fernanda e Bruna seguiram de volta para Queenstown (Para pular de swing e voltar para a Austrália) e eu segui para Auckland, onde comecei a primeira viagem solo da minha vida. Como eu sobrevivi? Cenas dos próximos capítulos...
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Franz Josef
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A Desolação de Smaug! Outro que podia muito bem ser Franz Josef. |
Aloooouuu, meu povo!
Vou-me embora para Gold
Coast em breve e ainda tenho um trabalho de 5000 (CINCO MIL!!) palavras para fazer e claro que nessas
circunstâncias não há nada melhor para fazer do que procrastinar no meu blog! Eba!
De acordo com a última vez
que eu chequei, estávamos em Wanaka e de lá fomos para Franz Josef, que é
basicamente uma geleira. Nessa parte os brasileiro tudo pira: Aaaaana! Você viu neve? Não.
Desculpa se te decepcionei. Prometo que explico o porquê em breve.
Antes de começar a falar
sobre o vilarejo de Franz Josef devo falar sobre nossas paradas no caminho,
porque não tinha ônibus e tivemos que pegar um tour. A primeira foi uma
cachoeira ma-ra-vi-lho-sa! Sério, lembra daqueles lagos transparentes que tem
pra todo lado nesse país? Agora pega essa água de geleira e usa em uma
cachoeira beeeem grande! É isso. Depois paramos para almoçar em uma fazenda de
salmão. Não é todo mundo que gosta, mas eu comprei um sanduíche de salmão
fresquinho por bem menos que o preço normal e fiquei bastante satisfeita.
Recomendo. Ah! Outra coisa importante da estrada: Ela é apenas para os
corajosos. Muita curva e beira de penhasco. NÃO vá se não estiver seguro no
volante! Por favor!
Olha essa água, vééiii!! |
Chegando em Franz Josef,
temos a boa velha estrutura de duas ruas de Wanaka, só que ainda menor porque
são ruas e não avenidas. Uma na verdade é a estrada e nela temos um trailer de
"cachorro quente" (Na verdade é salsicha frita no palito, mas eles
vendem uma pavlova sensacional!- Não sabe o que é pavlova? Parece um suspiro,
só que mais molinhos e com molho de frutas por cima. Joga no Google), uma loja
de arte Maori (Que são meio que os índios locais), um mercado, uma
igrejinhazinhainha (Porque é muito pequerrucha mesmo) e alguns hotéis. Na rua
de trás temos mais hotéis, um centro de conservação de kiwis (O pássaro, não a
fruta) e se você for um pouco mais para frente vai achar até piscinas termais.
Os vitrais da igrejinha |
Não é muito fofo? |
Nós ficamos em hotel, mas
pagamos preço de hostel, chama-se Chateau Franz Josef. Digo que era hotel
porque apesar de ter três beliches nosso quarto era como um apartamento, com
pia, frigobar, banheiro e ainda por cima só estávamos eu, Bruna e Fê de
hóspedes, ou seja, quarto privado. Hahaha Ah! Eles também oferecem sopa (É
quase que só água com legumes, mas é grátis, poxa!) e café da manhã de
panquecas! (Só doces, mas é grátis, poxa!)
Bom, aí quando chegamos na cidade
já era de tarde e a recepcionista do hostel disse que era melhor ir na geleira
só no dia seguinte. Perguntamos o que sobrava para fazer naquela cidade
enooorme de duas ruas e ela nos recomendou seguir uma trilha na floresta atrás
do hostel que levava a uma caverna com gloworms. Para quem não sabe, gloworms
significa vermes brilhantes e é isso mesmo. São minhoquinhas muito comuns na
Nova Zelândia (Tem algumas na Austrália também) sendo as mais famosas em
Waitomo (Chegaremos lá), que se prendem ao teto das cavernas como um fio e elas
são bioluminescentes na ponta. O resultado é que quando a caverna está cheia
delas parece um céu estrelado e é lindo! Mas em Waitomo a visita é caríssima e
a chance de ver o espetáculo de graça pareceu ótima para nós. A moça falou que
a trilha era fácil de seguir e que só recomendava que a gente levasse uma
lanterna, coisa que compramos no mercado e seguimos serelepes para a caverna.
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Começo da trilha para a caverna |
A trilha realmente não tinha erro porque não haviam bifurcações,
mas tinha morros consideráveis e a floresta era muito úmida, o que faz barro e
consequentemente deixa tudo escorregadio. Ebaa! E ainda quase fomos atropeladas
por um veado. Quando finalmente chegamos na caverna todo o esforço valeu a pena
porque ela era linda por fora! Pequenininha e toda verde! Era uma mina mas
agora já está desativada. Assim que colocamos os pés lá dentro percebi que a
moça esqueceu uma recomendação: Galochas. A caverna era alagada! Ok, água na
altura do tornozelo, mas num frio de 10 graus não é nada divertido! E para quem
ficou curioso, nós vimos UM mísero gloworm. E eu nem tenho certeza se era mesmo
um ou só ilusão de ótica. De qualquer forma, valeu pela aventura.
Quase passou por cima de nós |
Olha que caverna linda! |
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A trilha é fácil... Uhum... |
No dia seguinte fomos à bendita geleira. Tem um ônibus que
sai de qualquer uma das duas ruas e te leva até o parque nacional. Chegando lá
é só seguir a trilha. O lugar é completamente desolado! Para quem conhece o
Senhor dos Anéis, Mordor foi filmada em Tongariro e eu achei um desperdício!
Franz Josef faria muito melhor! O problema é que a geleira já cobriu quase todo
o parque e mesmo depois de derretida a terra está tão danificada que nada
cresce. Falando em derreter, tem um mirante que mostra até onde a geleira ia
há, sei lá, 50 anos atrás e... Putz! A gente tá muito perdido com esse
aquecimento global.
Deu pra entender? A geleira ia até essa parte branca mais alta, meio transparente, onde tá escrito 1865. Sim! Quase até o topo das montanhas! |
Isso é o que tinha nas últimas medições, em 2010 |
E isso foi o que eu vi do mesmo ponto no verão de 2013. Assustador, não? |
Um rio de gelo derretido |
E aqui nós chegamos na parte do Aaaana!
Você viu neve? Não. Vários motivos. Primeiro por causa do tal
aquecimento global que reduziu a geleira. Segundo porque era verão, então ela
estava ainda menor e terceiro porque teve um deslizamento de terra bem no meio
do caminho, o que nos impediu de chegar mais perto. Sim, eu fiquei um pouco
decepcionada. Ah! E como eu
faço pra ver neve então? Bom, tenho algumas sugestões: Você pode descer
do ônibus um ponto antes e ir à Fox Glacier ao invés de Franz Josef. Fê e
Rô-não-Todo-Poderoso-Rei foram até lá e disseram que é melhor. Outra opção é ir
nas geleiras mais ao norte, próximas à Christchurch, que dizem ser maiores. Ou
ainda, claro, você pode ir no inverno. Se eu me arrependi de ter ido até lá? De
forma alguma! Além de ser um cenário completamente diferente de tudo que já vi,
o derretimento da geleira forma cachoeiras lindas! Vejam e comprovem:
Isso é o mais perto que eu cheguei da geleira |
Isso é o que eu quero dizer com desolado |
Nesse mesmo dia pegamos o ônibus de volta até Wanaka, onde fomos
abençoadas por uma porta quebrada no hostel que inutilizou o nosso quarto e
fomos colocadas em uma suíte só nossa, com televisão e tudo. Outra curiosidade
desse dia é que conhecemos um grupo de 11 americanos (E um uruguaio que falava
português melhor que eu) que estavam usando a cozinha tendo reservado apenas
uma cama! E vocês pensando que só brasileiro é trambiqueiro! E mesmo essa única
cama era só porque um deles precisava da internet para uma entrevista de
emprego! Hahaha Os outros estavam dormindo nas campervans (Que são como
mini-trailers, carros com cama e uma cozinha beeeem pequena, o que explica
porque eles preferiam a do hostel). No dia seguinte rumamos para o extremo sul.
Destino? Dunedin!
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