quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Wellington

O vale de Imladris fica em Wellington. Uma pena que os prédios não.
Alooou, meu povo!
 Não, eu não morri, graças a Deus! Só estou ocupada, como sempre. Principalmente porque agora inventei de brincar de artista e estou usando meu tempo livre com artesanato (É, eu tenho dessas de viciar em hobbies quando começo), mas não me esqueci de vocês! E hoje vamos conhecer a capital da Nova Zelândia, a fofíssima Wellington.
 Wellington é das menores capitais do mundo, menor até do que Auckland, na própria Nova Zelândia, mas ainda assim é uma das capitais mundiais do cinema. Isso porque lá se encontram a produtora de Peter Jackson, diretor da trilogia O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia e ainda os estúdios Weta, responsável por todos os efeitos especiais mais fodas que você vê no cinema!
Tão fãs de cinema que os monumentos são câmeras-aranha

 Eu passei apenas um dia na cidade, o dia 11/12, em específico, o que é uma informação importante já que à meia noite do dia 11 para o dia 12 acontecia a premiere MUNDIAL de O Hobbit: A Desolação de Smaug no Embassy, o cinema principal de Wellington (O que é muita coisa numa cidade que respira cinema) e que ficava em frente ao meu hostel!! O filme foi exibido nos telões que ficam no topo do cinema e passaram cenas dos filmes o tempo todo que estive lá. Sim, eu perdi, porque na Austrália o filme só estreava no dia 25, o que me fez pensar erroneamente que a premiere seria por volta do dia 20... Bom, serviu para eu aprender que a Austrália é sempre o último lugar do mundo a receber os filmes. E como se não bastasse, na mesma noite tinha uma festa, grátis, cujos anfitriões eram apenas os atores que interpretaram Merry e Pippin na trilogia de O Senhor dos Anéis, mas ok, é a vida.
Esse é o Embassy. Prontinho pra festa!

 Apesar de tudo, o pouco tempo que tive em Wellington foi bem aproveitado. Fiz um tour que parava primeiro no Mount Victoria (Quase toda cidade na Nova Zelândia tem um Mount Victoria por causa da rainha da Inglaterra) e dava pra ver a cidade toda do mirante (Ok, a neblina atrapalhava um pouco. E isso porque era verão!!). Depois, ainda no mesmo monte fomos para um bosque onde foram filmadas a maioria das cenas da estrada entre o Condado e Valfenda (Entendedores entenderão). De lá passamos por alguns estúdios (Só na porta) e pelo Roxy, o cinema favorito dos diretores.
Vista de um lado do Mount Victoria 

Vista do outro lado

Floresta do Condado

Estrada para Valfenda

Da série amigos que fazemos quando viajamos sozinhos

;acho que alguém é mais viciado do que eu...

 A última parada é a Weta Cave, a lojinha do estúdio Weta. Ebaaa! Vou comprar um monte de coisas! Vai nada, fi. Tudo os olhos da cara! O item mais caro é a espada original do Aragorn que vale apenas 12 MIL dólares. De boas, dá pra comprar ímã de geladeira por 3 dólares. Mas ainda assim vale a visita porque além de loja lá é como um mini-museu com réplicas em tamanho real de vários personagens (Inclusive os trolls gigantes na porta), eles exibem um vídeo com a história do estúdio e por mais 20 dólares você pode visitar os bastidores. Isso inclui ver o pessoal trabalhando e vários itens originais usados em montes de filmes (Quase tudo que tem efeito especial é feito pela Weta: O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia, Predador, Avatar e outros que eu nem lembro).
Trolls da porta (2m cada!)

Gandalf, o cinzento

Orc

Não pode tirar foto dentro do estúdio, então isso é o máximo que vocês terão

Quem tem medo do troll mau?

 Depois disso tudo eu fui para o aeroporto pegar meu vôo de volta para Sydney e para minha surpresa ele estava todo decorado para a bendita premiere. Decorado que eu digo era com um Gandalf em tamanho real pilotando um Thorondor, o rei das águias, e um Smeágol de mais de dois metros pescando peixes voadores!!

Deu pra entender?

Minha passagem era da Virgin mas acabou que meu vôo foi operado pela Air New Zealand. Por favor, viaje de Air New Zealand um dia!! Ela foi eleita a melhor companhia aérea do mundo e não é a toa. Para começar, o check in é todo feito por você, basta passar o passaporte na máquina e ela imprimirá sua passagem e a etiqueta da mala. Você mesmo coloca e leva a mala para a esteira que já manda tudo pro avião. Rápido e prático. Aí entra que tudo deles é temático! Por exemplo, em tempos de estréia do Hobbit o vídeo de segurança (Apertem os cintos, assentos infláveis, em caso de despressurização máscaras caírão automaticamen...zzzzzzz) mostra atores e diretores do filme e toda tripulação e passageiros como habitantes da Terra Média. O avião era pintado como um grande Smaug, então para quem olha de fora não é um avião e sim um dragão! Durante o verão o vídeo era nas Ilhas Cook com modelos aproveitando o clima tropical e quando eles decidiram comemorar a parceria com os All Blacks (O melhor time de rúgbi do mundo, que por sinal é neo zelandês) pintaram todos os aviões de preto (Sim! Aviões pretos!!!)!
 E assim terminou minha primeira aventura solo e minha viagem à Nova Zelândia. E eu só tinha uma certeza ao sair de lá: Eu precisava voltar.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Tongariro National Park

Bem vindos a Mordor

Aloooou meu povo!
 Enxuguem as lágrimas, eu estou de volta!! Até parece que só porque cheguei no Brasil que isso aqui vai acabar! É porque essa coisa de voltar para casa dá muito trabalho! Todo mundo quer te visitar, quer que você vá num sei onde fazer num sei o quê, você precisa achar novos jeitos de ganhar dinheiro, rematricular na faculdade... Ou seja! Agora que eu consegui continuar!
 Bom, depois que saí de Rotorua eu peguei um ônibus até Tongariro, que é basicamente um parque de vulcões. Sério, tem mais nada. É um supermercardo 4Square que já serve de rodoviária, posto de gasolina e único restaurante da cidade (Que é uma rua) e alguns hotéis/hostels.

Olha quanta luz na cidade! Pelo menos favorece o pôr do sol :)
 Nesse ponto preciso citar o meu, que era o YHA National Park cujo salão principal era uma mega parede de escalada! Do chão até o teto! E os quartos eram todos escondidos atrás dela. Muito legal mesmo!
Meu quarto ficava dentro dessa portinha aí

 A atração principal do parque é a travessia, um total de 19.4km. Eu adoraria fazer, mas caso você não se lembre eu estava sozinha e com pouco tempo, então fiz uma caminhada menor para ver o pôr do sol no topo de um dos montes. Outra opção é pegar o teleférico do monte Ruapehu e fazer uma pequena caminhada até o topo.
Vai curtindo a feiúra do parque...

 No dia que eu fui estava nublado mas ainda assim foi espetacular! O monte que eu subi também já foi um vulcão um dia e do topo era possível ver os três vulcões ainda ativos do parque: Tongariro, que é o maior e dá o nome ao parque, Ruapehu e Ngauruhoe. No verão o parque estava coberto de verde, mas em épocas mais secas ele se torna um deserto pedregoso (Por isso Mordor, de O Senhor dos Anéis, foi filmado lá) e no inverno fica coberto de neve.
Essa montanha aí é o tal do Tongariro


Isso é o pôr do sol nublado! Imagina sem nuvens!!


OLHA ESSE SOL!!


Esse é o monte que eu subi


 Minha amiga Fernanda e seu namorado Rorô-Poderoso-Rei subiram o Ruapehu e concordam que foi a coisa mais espetacular que já viram.
Subida do Ruapehu

Vista lá de cima. Eu acho que vale a pena...

Tongariro no sol

 Independentemente de qual dos passeios você escolha, NÃO VÁ SOZINHO! Se for fazer uma caminhada longa leve um guia. O meu foi essencial para que eu passasse pelas fendas que cobrem o solo do parque e principalmente para descer a montanha. A terra vulcânica é muito quebradiça e tivemos que dar os braços (Eu, o guia e mais uma moça) e descer sem parar, afundando na terra. Foi muito divertido e eu tenho medo de pensar no quão difícil deve ser fazer isso sozinho!
Olha o naipe da subida! Vai sozinho não!!


 Fui embora no dia seguinte de manhã e fiz uma viagem de oito horas de ônibus até Wellington, a capital d cinema neozelandês! Mas essa, claro, vai ficar pra próxima!

domingo, 29 de junho de 2014

Como eu me sinto voltando


Volto para o Brasil amanhã (Sim, eu sei que meus posts não chegaram nem nos seis meses de intercâmbio ainda! Desculpem, ok?). Várias pessoas andam me perguntando como eu estou e acho que depois do meu texto de Como eu me sinto indo embora achei que também seria justo mostrar como é o outro lado.
Bom, eu me sinto estranha. Bipolar, mais ou menos como quando eu vim.
Às vezes penso em ver todas as pessoas maravilhosas que deixei para trás de novo e me sinto maravilhosa! 20hs me parece tempo demais até esse vôo! Estou louca pra abraçar todo mundo, distribuir os presentes, contar as histórias... Mas aí eu penso no quão difícil será voltar para Austrália. Penso que tudo que eu vejo aqui pode ser pela última vez. E também tem a falta que vou sentir de morar a 15 minutos de caminhada da praia, de escolher minha comida 10 minutos antes de fazer sem ter que agradar mais ninguém, de tirar xerox e passar as compras sem precisar de caixa, de andar na rua de madrugada só com medo ao invés de pavor, de fuçar as bugingangas do Market, dos ônibus pouco lotados, da igrejinha perto de casa, das aulas e dos filmes em inglês, do vento sem fim, dos dias de céu azul... Sabe? Coisinhas bestas que já fazem parte do meu cotidiano.
Veja bem! Não quero dizer que a Austrália é melhor que o Brasil. Aqui tem seus problemas (Alguns mais graves, outros menos, mas tem) assim como qualquer lugar do mundo. Fiz poucos amigos gringos porque ninguém é tão receptivo quanto os brasileiros. Sei que parte disso se deve ao fato de que na faculdade eu nunca tinha duas matérias com a mesma turma e ainda na mesma turma as oessoas já tinham seus amigos. Conversei com várias pessoas, de todos os lugares do mundo, em Sydney e viajando, mas são poucos os que querem trocar contatos (Exceto, claro, brazucas). Nem queira ver como limpeza é feita aqui! Muito menos em restaurantes! Cada vez que como fora penso no quanto um fiscal da vigilância sanitária sofreria por aqui. E que sistema de transporte terrível! Razoavelmente pontual e vazio, mas o preço das passagens é muito confuso! Agora vai mudar, espero que melhore... Ou seja, sentirei falta de muita coisa e também não sentirei de várias.
E penso que é assim com tudo na vida. Lugares, pessoas, tudo tem suas vantagens e desvantagens. Tudo deixa uma marca, tudo deixa saudade e acabamos criando carinho. Por isso estou conformada de que meu destino é a bipolaridade. Na tristeza de toda partida sempre se encontra a alegria de uma chegada.
Até em casa!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Waitomo Caves, Hobbiton e Rotorua

Sim, esse lugar existe! E é IGUAL!

Alooouuu, meu povo!
 Se eu não tenho mais nada pra fazer? Claro que tenho! Mas a internet se foi e eu não tenho como baixar nem as perguntas do meu trabalho. Mas para noooooossa alegria o word funciona off-line e eu posso escrever para o blog! Yess!
Se vocês prestaram atenção, eu disse que peguei um vôo de Dunedin para Auckland, porém Auckland não aparece no título desta postagem. Não, eu não pulei Auckland, é só porque eu passei uma noite lá e saí no outro dia cedinho para um dos meus dias mais legais aqui! De Auckland eu só levei muita chuva e um arco-íris como promessa de dias melhores J

Ok, Auckland, eu volto!
 Eu paguei os olhos da minha cara em tour que ia de Auckland até Rotorua parando em duas das coisas que eu mais queria ver na Nova Zelândia: as Waitomo Caves e Hobbiton.
Waitomo é uma cidade bem pequenininha que gira em torno de sua maior atração turística: As Gloworm Caves. Gloworms é traduzido como vermes brilhantes, mas eu acho que isso tira muito o charme da coisa. Eles são mesmo minhoquinhas que se prendem ao teto das cavernas. O corpo parece só um fiozinho transparente e a ponta é bioluminescente. O resultado disso é que quando você passa por uma caverna repleta deles a impressão que se tem é de olhar um céu estrelado. É realmente espetacular! Infelizmente é proibido tirar fotos dentro da caverna (Não sei porquê), mas vocês têm minha palavra de que lá é exatamente tão lindo quanto aparece nas fotos de divulgação. Se não for mais! Existem duas opções de tour: Um mais explicativo, em que você vê o salão maior da caverna e depois pega um barquinho pela parte onde tem mais gloworms. Esse salão tem poucos dos bichinhos, mas é muito bonito e enorrrme! Ele tem uma acústica natural excelente e por isso é aberto para celebrações. Sim, tem gente que se casa nas Waitomo Caves! A segunda opção é descer de bóia pelo riacho que atravessa as cavernas. Esse tour é mais caro, a água é gelada e um pouco claustrofóbico, mas, se você estiver disposto a superar tudo isso, dizem que vale muito a pena! (Eu obviamente fiz o de pobre)
É DESSE jeito!

Olhando de fora nem parece nada de mais...

Mega estrutura só para receber os turistas nas cavernas

Saindo de Waitomo meu ônibus foi para Matamata, a cidade onde fica Hobbiton (Existem tours que saem de Rotorua também). Eu sou muuuuito fã de O Senhor dos Anéis e O Hobbit e afins, então sou suspeita para falar, mas eu me apaixonei pelo lugar! Para vocês terem uma idéia, lá existem 36 tocas de Hobbit, das mais variadas cores e tamanhos. Eu tenho 32 fotos lá. Acho que as outras 4 estavam cercadas. Hahaha Ah! Para quem não sabe, Hobbiton é o estúdio desativado onde filmaram as trilogias de O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Está tudo lá para ver, inclusive o bar dos filmes, O Dragão Verde, funciona e o tour inclui uma cerveja ou refrigerante de lá (Com sabores bastante interessantes, diga-se de passagem). Tem também uma lojinha de colecionáveis e os guias contam várias curiosidades sobre as filmagens que estão todas anotadas e um dia serão publicadas aqui.
Quem me tem no face já cansou dessa foto...

Bolsão (Entendedores entenderão)

Percebeu que é a mesma ponte lá de cima? *-*

O Dragão Verde


s2

Um parêntese rápido: E peguei esse tour de Auckland até Rotorua porque tinha pouco tempo e se fizesse tudo num dia só poderia conhecer mais coisas. Se você tiver tempo pode ir de Auckland para Waitomo e depois de Auckland para Matamata com mais calma e gastando menos. Existem ônibus e tours para as duas cidades.
De Hobbiton fui para uma cidadezinha chamada Rotorua, que é a capital da cultura Maori, que são os índios neo zelandeses. Além de capital Maori, Rotorua é famosa por seu parque vulcânico, repleto de lagos quentes e coloridos. A parte ruim é que isso deixa a cidade com um desagradável aroma de enxofre 24hs por dia. Claro que estando por lá eu decidi ir a um jantar Maori, na Tamaki Village, que é a vila mais famosinha, mas existem várias, caso você ache essa muito cara (Porque é cara mesmo).
Vila Maori

O Haka

Jantar saindo do forno!

Para começar, devo destacar os motoristas, não apenas os da Tamaki, mas os motoristas da Ilha Norte em geral. Só que esses são especiais! Eles escolhem um chefe entre os passageiros de cada ônibus que devem participar das cerimônias. A escolha já é engraçada porque, claro, não existem voluntários, e os tais chefes são obrigados a participar de várias cerimônias e brincadeiras (Os não-chefes também podem se quiserem). Tem o Haka (Jogue no YouTube pra ver os All Blacks, o time de rúgby, fazendo), treinamento de corrida, pintura, música e uma bolinha presa numa corda (Tipo um bilboquê) que as mulheres usam. E claro, tem o jantar, que é assado enterrado em brasas. Fica delicioso, tem sabor de churrasco e inclui sobremesa. Sério, é muuuuuita comida!
Na volta do jantar meu guia continuava empolgadíssimo e botou o povo pra cantar no ônibus, igual criança do primário. Como já eram 22hs, o que por aqui é madrugada, as ruas estavam desertas e eles ficou brincando de girar infinitamente nas rotatórias (Com um ônibus de 30 lugares!) enquanto a música continuava... E devido à proximidade do Natal ele pediu que cada um cantasse Noite Feliz em sua língua natal. Nós tínhamos ingleses, alemães, americanos, australianos, franceses, brasileiros... Ou seja, virou uma bagunça, mas ainda assim foi muito bonito!
No dia seguinte peguei um ônibus para Tongariro e não, não fui ver as águas térmicas porque estava com medo de ficar andando sozinha e me perder. Dizem que também tem uma floresta de folhas vermelhas bem interessante por lá e que eu não conheci.
Apesar de eu estar sozinha, sempre tinha alguém para conversar em cada coisa que eu fazia, o segredo é chegar na cara de pau e puxar papo mesmo. Sempre tem mais gente viajando sozinha e que vai estar tão desesperada por companhia quanto você. Nesse dia conheci dois americanos, três alemãs e duas brasileiras fofíssimas, chamadas Lara e Mirna, se alguém conhecê-las diga que eu mandei um abraço! (De verdade)

Um abraço também pra você que leu até aqui. Nos vemos em Tongariro!
Quem conhecer avisa que elas são famosas agora! Hahaha

terça-feira, 27 de maio de 2014

Dunedin


Esse é um Dunedain, que não tem nada a ver com Dunedin, mas que a gente gosta mesma coisa

Alooou meu povo!!
  Devo confessar que a vida está um pouco melhor pra mim agora que os piores trabalhos passaram. Ainda tenho três provinhas, um quiz e mais um trabalho para fazer, mas nada que me impeça de dedicar uma horinha da minha vida a este pequeno blog.
 De acordo com a última vez que chequei, estávamos saindo de Franz Josef/Wanaka rumo a Dunedin. De cara eu já me apeguei ao nome da cidade porque, quem leu e é um pouco fã de O Senhor dos Anéis como eu sabe, Dunedain é o nome dado à mais nobre casa humana da Terra Média, da qual descendem os grande reis, incluindo Aragorn, um dos mocinhos da parada toda. E eu acho simplesmente incrível que a primeira capital da Nova Zelândia, que um dia viria se tornar a própria Terra Média, tenha recebido um nome tão parecido sem que as duas coisas não tenham absolutamente nenhuma relação concreta.
Uma das vistas da cidade

 Além de primeira capital, Dunedin é a cidade mais antiga de toda a Nova Zelândia e a maior que visitamos na Ilha Sul, onde fica o único castelo do país, a rua mais íngreme do mundo (Uhuull!) e a fábrica da Cadbury, que, confesso, foi a verdadeira razão pela qual passamos por lá.
Sim! É uma montanha de barras douradas de chocolate, que valem mais do que dinheiro!
  Para quem não conhece, a Cadbury é uma marca de chocolates muito boa e muito famosa por esses lados de cá do planeta. Para se ter uma idéia, eles competem com a Lindt e a Kinder nos free shops da vida, que são marcam bem mais renomadas, e produzem uma variedade de produtos muito maior! Acredite se quiser, eles têm uma fábrica no Brasil e ela produz coisas que você já provou, como Bubbaloo, Trident e Chiclets, só que com o nome de Adams. E lá em Dunedin está uma das poucas filiais que lhe permitem visitar a fábrica, ver todo o processo de fabricação, ganhar um bocado de chocolates de graça e comprar mais ainda por precinhos bem camaradas, basta que você entre no site e agende seu tour. Devo confessar que é um pouco técnico demais, mas como engenheira nem me importei e ainda recomendo o passeio. É rapidinho e muito gostoso!
Vê a sacolinha na minha mão? Chocolates grátis!!

Primeiros carrinhos da Cadbury

 Depois disso decidimos dar um passeio pela cidade, que é cheia de prédios antigos e muito bonitos, incluindo aí a primeira igreja do país que parece bastante confortável para algo tão antigo. Eles têm também uma estação de trem super charmosa que fazem viagens que parecem muito interessantes, mas cobram os olhos da cara. E talvez um rim. Bem no centro da cidade tem uma praça rodeada de bares e restaurantes (Me lembrou muito BH) onde você pode conseguir comida muito boa e observar o movimento. Recomendo fortemente um lugar que vende sanduíches chamado Velvet Burguer. Delicioso!
Estação de trem

Por fora

Estação

 Nesse dia em específico o movimento estava ainda maior porque estava acontecendo a Graduation Parade da turma de Medicina. Eu explico: Nas grandes universidades neo zelandesas, as turmas de formandos desfilam pela cidade, cada dia uma turma diferente (Porque as cidades são tão pequenas e tem tão pouca gente que dá para fazer esse tipo de coisa), e esfregam seu sucesso na cara da sociedade e são cumprimentados pela conquista. Claro que tudo acaba nos pubs da tal praça principal.
A primeira igreja

Vitral muuuuito lindo!

Por dentro. Muito fofa!

 No dia seguinte, decidimos visitar o tal castelo, que se chama Lanarch Castle. Conseguimos um senhor muito fofo para ser nosso guia (E depois descobrimos que ele era o pai da moça do hostel, que indicou ele pra gente) que nos levou até lá e nos mostrou um monte de coisas que jamais encontraríamos sozinhas (Até porque já estávamos saindo sem ver e ele voltou lá pra mostrar). Lanarch é o nome do nobre que foi dono do castelo. Ele teve três esposas e acabou se matando porque, dizem, a terceira estava tendo um caso com o filho mais velho. Além do castelo, a família tem um enorme mausoléu no cemitério local, construído especialmente para a primeira esposa, que era a mais amada.
A princesa na torre mais alta. Hahahaha

Castelo visto do jardim

Uma panorâmica básica

O salão de baile

 Depois que os Lanarch perderam o prestígio, o castelo foi vendido para duas irmãs que se interessaram pela história e decidiram deixar tudo preservado e abrir para visitação. Elas ainda abriram um café no salão de baile (Que ainda pode ser alugado para festas, caso alguém tenha interesse) e cuidam dos jardins espetaculares, repletos de referências à Alice no País das Maravilhas (Nem me pergunte porquê). Ah! Se você alugar o salão seus convidados podem se hospedar nos estábulos, que foram transformados em um hotel normal, para humanos mesmo.
Ok, agora são mil fotos dos jardins







Como eu disse, Alice no País das Maravilhas


Você consegue ver o coelhinho?


Deixa a Rainha de Copas me ver aqui...


Essa é a porta que leva ao País das Maravilhas. E é bem escondida! Só achamos porque o guia mostrou.

 Saindo do castelo ainda tivemos tempo de tomar outros destinos. Fernanda e Bruna seguiram de volta para Queenstown (Para pular de swing e voltar para a Austrália) e eu segui para Auckland, onde comecei a primeira viagem solo da minha vida. Como eu sobrevivi? Cenas dos próximos capítulos...