quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Melbourne

Bora brincar com os golfinhos?

Aloooou, meu povo!
  Como que vocês estão? Todo mundo resistindo à guerra civil? Ainda lhe restou algum amigo? Se você é um sobrevivente como eu, resista! É só até domingo! E para quem já está de saco cheio de política, aqui vai um pouco sobre Melbourne, a melhor cidade do mundo para se viver segundo nove em cada dez pesquisas, mesmo com a margem de erro do Ibope. Apesar de que eu, como sydneysider, preciso considerar que esse povo bebe pra colocar Syd em sétimo e dar o título pra Melb... Rivalidade, sabe como é...
Deu pra ver a estampa do prédio?
  Costumo comparar as cidades australianas com as brasileiras para facilitar da seguinte forma: Sydney é o equivalente do Rio de Janeiro. É a mais famosa internacionalmente, todo mundo pensa que é a capital, famosa por suas belezas naturais e principalmente pelas praias. Melbourne é o equivalente de São Paulo. É o centro cultural, onde todos os eventos acontecem, até tem praia perto, mas nem se compara com as de Sydney/Rio. Brisbane é BH. Uma das cidades mais importantes de um país famoso por suas praias, mas sem nenhuma. E Canberra é Brasília. Nunca ouviu falar? Pois é, mas é a capital nacional.
 Tá, muito engraçadinha você, mas o que tem de bom em Melbourne? Oras! Vida cultural! Museus, peças teatrais, eventos esportivos, prédios coloridos, uma roda gigante liiinda que acende formando vários desenhos legais, arquitetura única, excelentes universidades e coisa e tal. Mas eu fiquei lá poucos dias e não pude aproveitar tuuuudo isso. Vamos ao que eu tenho a dizer sobre o que eu fiz:
 Para começar, recomendações. Primeiro, o que não recomendo, que é o meu hostel, Nomads. Existem dois em Melbourne, eu fiquei em um em frente à Southern Cross, que é a estação de metrô principal da cidade. Sim, a localização era ótima, mas o hostel em si era confuso,  bagunçado, velho e sujo! Se quiser uma dica, o hostel mais bem recomendado de Melbourne é o Discovery, que também é muito bem localizado, quase em frente à Fliders Station, que na minha opinião é a mais bonita da cidade. Agora o que eu recomendo: reza a lenda que Melbourne possui o melhor café da Austrália e eu tomei meu café da manhã no Coffee on Flinders, em frente à estação bonita, perto do Discovery, e pedi um iced coffee de cookies and cream sensacional!! Outra coisa legal são os trams, que são bondinhos superfofos que circulam pelo centro e tem até um turístico que você pode pegar de graça e passa pela maioria das estações de metrô, os prédios mais famosos e o Victoria Markets, que é o point da muamba. Eu acho o Market City de Sydney muito mais legal e bonitinho, mas esse também quebra o galho. Tenho também uma recomendação comercial que é uma lojinha no shopping que fica em frente à estação de Caulsfield que vende coisinhas fofas: ursinhos, almofadas, canecas, cadernos, tudo coloridinho e decorado. E mais duas recomendações alimentícias da Southern Cross que existem em outras cidades além de Melbourne, uma é o Spanish Doughnuts, que são churros, com recheios e coberturas diferentes. Tem até salgado! A outra é o Grilled, um restaurante de hambúrgueres "saudáveis". Se são saudáveis de verdade eu não sei, mas com certeza são muito bons!
Essa coisa chique aí é um estádio!
  Tendo usado o tram turístico e conhecido os prédios mais legais, me juntei a meus amiguinhos Bárbara e Lucas para uma atração menos conhecida e mas nem por isso menos interessante: nadar com os golfinhos. Aos defensores dos animais, não me matem! São golfinhos selvagens, nenhum tá preso nem nada! O lugar é meio longe, mas dá pra chegar com um metrô e um ônibus "só".

Parada para passar do metrô pro ônibus em Frankston

Então você pega o barco da companhia e a primeira parada é numa plataforma onde as focas tomam sol. Você pode entrar na água e de repente as bichinhas começam a entrar também e dar piruetas debaixo d'água! Acho que elas gostam de se exibir! Só lembrando que elas estão soltas e não foram alimentadas por nós. De lá, fomos atrás dos golfinhos e os encontramos filando os peixes que alguns pescadores puxavam em suas redes. Como eles estavam se alimentando, os guias ficaram com medo que eles nos confundissem com o lanche e não pudemos entrar na água. Mas tem grupos com mais sorte, então se quiser arriscar... Eles entregam um voucher para voltar de graça caso você não veja os golfinhos, mas não no nosso caso, já que vimos e só não nadamos.

Aos bichinho aí!

Vê a foca serelepe?

20 dias pra entrar nessa roupa e 30 pra sair

 Isso é só o primeiro dia! No segundo fiz a lendária Great Ocean Road, mas acho que ela merece um post a parte...

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Eu votei no Aécio. Me julguem.

Tucano bom é tucano de bem com a vida e que não briga por causa de política


Alooou, meu povo!
 Quem gosta de ler sobre política, busque o baldinho de pipoca e aproveite porque isso é tudo que terão de mim até, no mínimo, daqui a dois anos. Não adianta comentar xingando e reclamando e nem argumentar porque, acredite, eu já li todos os argumentos e não mudei de ideia. Não percam seu tempo me enchendo mais o saco do que já estão.
 E sinto em dizer que não vou mudar de opinião porque eu concordo com absolutamente todos os argumentos sobre o quanto tia Dilma (Gosto tanto dela que a chamo carinhosamente assim) foi maravilhosa com suas políticas sociais e verbas para universidades e redução da fome e o caramba a quatro. Assim como concordo totalmente com os argumentos de que Aecim (Que foi? Gosto dele também) é drogado e faz aeroporto pros tio e vai encher de tucano querendo me matar daqui a pouco. Então aqui vão os três motivos simples pelos quais, apesar de tudo, eu ainda votei nele:

1- Porque eu não queria a Marina. Se eu fosse escolher qual dos três candidatos era mais ético e tinha as melhores ideias, votaria Marineira (Tá, eu amo todo mundo mesmo!) sem pensar duas vezes. Só que não é assim que política funciona. Um presidente precisa do apoio do Congresso Nacional para aprovar seus projetos, Congresso este que é amplamente dominado por PT e PSDB e que eu poderia apostar que derrubaria todos os planos dela só para evitar que a polarização que ela tanto odeia terminasse. Teríamos uma boa presidente, mas de mãos atadas, o que seria o mesmo, ou talvez pior, que nada. Então você, eleitor da Marina, que ficou revoltado porque ela não chegou ao segundo turno, entenda que precisamos eleger os aliados dela para deputados e senadores antes de começar a cogitar entregar o poder a ela. (E isso ignorando a relação obscura dela com nosso amigo Malafaia)

2- Porque eu não quero a Dilma. Na verdade eu não quero ninguém do PT/Base aliada pela simples e, pra mim, irrefutável razão de que 16 anos é demais! 12 eu já achei muito e 4 é realmente pouco. 8 pra mim seria o ideal. Por minha conta esse país seria governado 8 anos pela esquerda, 8 pela direita, 8 pela esquerda, 8 pela direita. Porque tudo na vida é uma questão de equilíbrio. Se você quiser ficar em pé na corda bamba tem que trocar seu lado de apoio constantemente. A esquerda está preocupada com o lado social da coisa enquanto a direita tem o foco econômico quando o ideal seria conseguir focar nos dois, o que aparentemente é difícil demais pra eles. Por isso o revezamento é o ideal. Nenhum dos dois é maluco de desmanchar o que o coleguinha fez de bom. Tá aí o Lula que usou e abusou das vantagens do plano real do FHC e Aecim que já jurou de pé de junto que vai manter o Bolsa Família. Você entende? Trocar não é destruir o projeto do outro, é só começar um novo de onde tinha parado. Depois de muito tempo no poder o partido se acomoda e nada como idéias novas para colocar pra funcionar o que estava parado. Isso sem mencionar que começa a meter o bedelho onde não deveria, tipo na imprensa, e eu não curto os boatos de golpe que pipocam por aí. E não estou falando isso só porque o PT estava com o poder, já que votei no Pimentel pela mesma razão. E Minas se vira bem governada pela oposição sim, obrigada, somos foda.

3- Porque o Aécio vai quebrar o galho. Eu sinceramente acho que de PT pra PSDB só muda mesmo o foco. Todo mundo rouba, todo mundo mente, todo mundo faz aeroporto pros tio e cria ministério pra base aliada. Só que depois de 12 anos de PT a economia desse país foi pro ralo. E não estou falando isso porque sou uma coxinha que quer comprar dólar pra ir pra Disney, embora eu seja, mas porque, infelizmente, não há programa social que se sustente sem os ricos. Sabe o que vai acontecer se as empresas que estão aqui no Brasil, locais ou multinacionais, quebrarem? Elas param de pagar imposto. E sabe o que acontece se não tem mais dinheiro de imposto? O Bolsa Família, o Prouni, o Minha Casa Minha Vida, essas coisa linda tudo aí acaba! Ou acaba ou vamos nos endividar de novo com o FMI. Ain, mas empresa grande não paga imposto! Mas gera emprego e esse trabalhador paga montes de impostos, mais que qualquer outro trabalhador do mundo, mesmo no governo do PT. E também alimenta pequenos negócios locais, que geram mais empregos, e fazem a cidade crescer e atrair gente que vai gastar dinheiro nela e pagar mais imposto embutido nos produtos e permitir que o governo faça seja lá o que ele quiser fazer. Só que ninguém mais quer investir no Brasil e sem investimento o país só dura se virar comunista, coisa que, por mais linda que seja, não estamos preparados nem de longe, já dizia o próprio Marx. Aecim vai ser um presidente maravilhoso? Não, pouco provável, mas essa eleição só tinha candidato porcaria e Dudu Jorge s2, que infelizmente nunca nem teve chance. O Aécio é o menos pior? Talvez, tá ali mais ou menos no mesmo nível. Mas tem algumas idéias boas, como todos os outros, costuma montar excelentes equipes (Aqui temos um diferencial em favor dele) e é nossa melhor esperança para crescer de novo, economicamente falando. Acreditem, eu me preocupo com os pobres e garanto que, embora eles não devam ganhar nada de novo, também não vão perder o que conquistaram. Vamos equilibrar a balança e depois darei todo o meu apoio para tombar para a esquerda o quanto for necessário.

Parabéns pra mim que consegui desagradar os dois lados. Azar o seus. É minha opinião e também tenho o direito de expressá-la.
Beijos, até Melbourne.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Perth- Geral

300 metros! A-pe-nas 300 me-tros!!!

Alooou, meu povo!!
 Aqui estou eu para passar para vocês o pouco que aprendi da vida em Perth no tempo que passei lá. Em primeiro lugar, Perth é uma roça grande, o que não é necessariamente um defeito, quer dizer apenas que tudo lá fecha cedo, a galera anda muito mais de bicicleta que de carro e o movimento é pouco pra tudo!
Sério que você não quer visitar Perth?
 Para se locomover, caso você não tenha bicicleta, use os ônibus e atenão aqui porque o sistema de ônibus de Perth é dos mais legais! Você pode comprar um cartão ou pagar a passagem no dinheiro. No cartão fica um pouco mais barato, mas, como você tem que comprar, faça as contas para ver se o quanto você vai andar compensa pagar pelo cartão. A cidade é dividida em três zonas e depois de pagar uma passagem de uma zona para outra você pode circular por aquelas zonas gratuitamente por duas horas. Tipo, se você foi da zona 1 pra 3 você pode continuar andando entre as duas por duas horas sem pagar a passagem. Caso você use o cartão, quando fizer o tag on (Que é bater o cartão na máquina pra registrar a entrada) ele automaticamente não cobra nada. Se você pagar no dinheiro eles te dão uma notinha e se você pegar outro ônibus em duas horas só precisa mostrá-la. Se no seu segundo ônibus você andar mais zonas (Por exemplo, primeiro da 1 pra dois e depois da 1 pra 3) só paga a diferença. Só não se esqueça de fazer o tag off (Que é bater o cartão na saída) ou será cobrado o mesmo preço de ir até o ponto final do ônibus, normamente uns 14 dólares. Praticamente todos os ônibus da cidade vão para a Esplanade, que é uma mega estação no centro, cheia de plataformas e telões com os horários dos ônibus, parece até um aeroporto. De lá você também pode pegar os cats, se não me engano tem um amarelo (Yellow Cat), um azul (Blue Cat), um verde (Green Cat) e um vermelho (Red Cat), que são ônibus turísticos, passam pelos principais pontos da cidade e são gratuitos (A felicidade do mochileiro é descobrir que um cat faz o seu trajeto). Se não me engano, o Blue vai pra Fremantle.
Fotos aleatórias porque sim!
 Agora que já sabemos andar, precisamos comer, o que em Perth é muito fácil porque os shoppings de lá são praticamente praças de alimentação e das boas! Tem de tudo quanto é comida e preço, verdadeiras tentações! Meus favoritos foram o Croissant Express, que, obviamente, é especializado em croissant e é muuuito bom e a Gelare, que é uma sorveteria excelente! Fora dos shoppings, nós fomos a um restaurante indiano vegetariano, indicação de um mano aleatório que conhecemos na van de Rottnest. O lugar fica pertinho da Esplanade, às margens do Swan River, ou seja, tem uma vista espetacular, a comida é boa e, o mais legal, você paga o preço que achar justo. Isso mesmo, não tem valor fixo. O lugar é muito alternativo, não tem placa, fica no segundo andar de um prediozinho sem graça mas talvez você descubra pelo fluxo de pessoas pra lá às 17hs, quando ele abre. Eu infelizmente não sei o nome, mas é só sair pela porta dos ônibus da Esplanade, vai descendo em direção ao rio, passa em frente a um jardim muito bonito, atravessa a rua e é o primeiro prédio. Tem muito como errar, então se eu fosse você perguntava até achar alguém que possa te levar lá! Hahaha
Essa foto não foi tirada no restaurante, mas dá pra ver o sol se pôr sobre o rio lá

  Ok, agora o que tem para fazer por lá? Além de dar um passeio em Rottnest e Fremantle, você pode visitar o Kings Park. Certifique-se de entrar pela portaria correta porque ele é enooooorrrrrme mas as atrações estão todas concentradas na portaria perto da Esplanade e consistem no jardim botânico, uma lanchonete com uma vista maravilhosa para o Swan River e, claro, um memorial de guerra. Caso você entre pela portaria errada, como eu, prepare-se para uma loooonga caminhada sob o sol escaldante de Perth, na parte mais seca e feinha do parque sem nenhum bebedouro no caminho. Não recomendo ir pelo lado errado de jeito nenhum! Hahaha
Pensou que era uma nuvem, né? Elas não existem em Perth. Essa era só um incêndio mesmo
Memorial de guerra da vez no Kings Park



 Além do Kings Park, temos várias praias onde você provavelmente não vai querer nadar porque tubarões podem ser encontrados a apenas 300m de distância da areia. Mas ainda assim não deixe de ir porque será sua oportunidade de ver o sol se pôr no mar australiano, já que Perth é a única capital australiana virada para o oeste. (Lembre-se que no Brasil não temos nenhuma!) E é espetacular! A praia que nós escolhemos foi a charmosa Cotesloe.
Ana, a melhor guia de Perth ever!





 Fim! Claro que deve ter um monte de outras coisas que eu não fiz porque foi bem corrido, mas espero ter ajudado em alguma coisa!

Epílogo: Sobre como eu quase não embarquei para Sydney ou O Dia em que Tudo deu Errado
 Meu vôo saía de Perth às 9hs da manhã, o que significa que eu precisava estar no aeroporto até 8:30. Saí da casa da Ana às 7hs com instruções claras de pegar o ônibus na Esplanade até o aeroporto por volta das 07:30. Porém ao chegar lá não consegui encontrar a plataforma de onde sairia meu ônibus em nenhum dos telões e decidi correr até o ponto onde eu tinha descido do ônibus do aeroporto quando cheguei na cidade. Cheguei lá pouco depois que o ônibus passou e o próximo era 08:00, chegando ao aeroporto 8:40, ou seja, ferrou! Peguei o ônibus assim mesmo, tentei fazer check in pela internet mas já estava fechado, desci no aeroporto e corri para o check in normal. Pedi aos passageiros do póximo vôo para furar fila, implorei piedade pra moça, já que esse também já estava fechado há muito tempo e ela me deu um cartão de embarque e me mandou correr porque o embarque do meu vôo já tinha começado.
 Corri desesperadamente, tirei todos os líquidos da mochila e coloquei para passar no raio-x. Quando eu passei pelo detector de metais a máquina apitou! Mas eu não tinha absolutamente nenhum metal comigo, o que fez com que os guardas suspeitassem dos meus tênis e pediram que eu os retirasse. Tirei o tênis, passei de novo e eles passaram os sapatos logo depois. Nenhum apito. Peguei minhas coisas e saí correndo para o portão com os tênis nas mãos porque não tinha tempo para calçar. Sim, eu estava correndo de meia pelo aeroporto! Detalhe que o dito aeroporto estava em obras e meu portão escondido atrás de um tapume. Ou seja, fui para o portão do lado oposto onde o moço me explicou o caminho certo. Consegui chegar no portão certo, ainda de meias, e nem fui a última da fila. Calcei meus sapatos e entreguei meu cartão de embarque para a moça passar na máquina. Adivinhem se ele passou? Claro que não! Me pediram pra esperar um pouco ao lado da fila para confirmar que eu era mesmo passageira daquele vôo mesmo com um cartão que não funcionava. Quando finalmente me liberaram alguém decidiu que minha mochila era grande demais para eu carregar na bagagem de mão e me mandaram despachá-la. Como já era tarde demais para voltar no balcão e fazer a coisa do jeito certo, me mandaram descer até o depósito de bagagens e colocar a mochila lá. Depois disso finalmente entrei no avião e fui na maior inocência sentar no meu lugar só pra descobrir que já tinha uma menina lá! Chamamos a aeromoça e ela verificou que ambas tínhamos o mesmo cartão de embarque. Tipo, não só o mesmo número de assento, mas o mesmo nome! Sim! Na correria a moça do balcão me deu o cartão de embarque de outra pessoa!!! E lá vamos nós telefonar pro balcão pra moça verificar se meu nome está entre os passageiros, imprimir outro cartão e me dar um lugar novo pra sentar. Aí sim, finalmente, consegui voltar pra casa sem maiores problemas! Ufa!