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300 metros! A-pe-nas 300 me-tros!!! |
Alooou, meu povo!!
Aqui estou eu para passar para vocês o pouco que aprendi da vida em Perth no tempo que passei lá. Em primeiro lugar, Perth é uma roça grande, o que não é necessariamente um defeito, quer dizer apenas que tudo lá fecha cedo, a galera anda muito mais de bicicleta que de carro e o movimento é pouco pra tudo!
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Sério que você não quer visitar Perth? |
Para se locomover, caso você não tenha bicicleta, use os ônibus e atenão aqui porque o sistema de ônibus de Perth é dos mais legais! Você pode comprar um cartão ou pagar a passagem no dinheiro. No cartão fica um pouco mais barato, mas, como você tem que comprar, faça as contas para ver se o quanto você vai andar compensa pagar pelo cartão. A cidade é dividida em três zonas e depois de pagar uma passagem de uma zona para outra você pode circular por aquelas zonas gratuitamente por duas horas. Tipo, se você foi da zona 1 pra 3 você pode continuar andando entre as duas por duas horas sem pagar a passagem. Caso você use o cartão, quando fizer o tag on (Que é bater o cartão na máquina pra registrar a entrada) ele automaticamente não cobra nada. Se você pagar no dinheiro eles te dão uma notinha e se você pegar outro ônibus em duas horas só precisa mostrá-la. Se no seu segundo ônibus você andar mais zonas (Por exemplo, primeiro da 1 pra dois e depois da 1 pra 3) só paga a diferença. Só não se esqueça de fazer o tag off (Que é bater o cartão na saída) ou será cobrado o mesmo preço de ir até o ponto final do ônibus, normamente uns 14 dólares. Praticamente todos os ônibus da cidade vão para a Esplanade, que é uma mega estação no centro, cheia de plataformas e telões com os horários dos ônibus, parece até um aeroporto. De lá você também pode pegar os cats, se não me engano tem um amarelo (Yellow Cat), um azul (Blue Cat), um verde (Green Cat) e um vermelho (Red Cat), que são ônibus turísticos, passam pelos principais pontos da cidade e são gratuitos (A felicidade do mochileiro é descobrir que um cat faz o seu trajeto). Se não me engano, o Blue vai pra Fremantle.
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Fotos aleatórias porque sim! |
Agora que já sabemos andar, precisamos comer, o que em Perth é muito fácil porque os shoppings de lá são praticamente praças de alimentação e das boas! Tem de tudo quanto é comida e preço, verdadeiras tentações! Meus favoritos foram o Croissant Express, que, obviamente, é especializado em croissant e é muuuito bom e a Gelare, que é uma sorveteria excelente! Fora dos shoppings, nós fomos a um restaurante indiano vegetariano, indicação de um mano aleatório que conhecemos na van de Rottnest. O lugar fica pertinho da Esplanade, às margens do Swan River, ou seja, tem uma vista espetacular, a comida é boa e, o mais legal, você paga o preço que achar justo. Isso mesmo, não tem valor fixo. O lugar é muito alternativo, não tem placa, fica no segundo andar de um prediozinho sem graça mas talvez você descubra pelo fluxo de pessoas pra lá às 17hs, quando ele abre. Eu infelizmente não sei o nome, mas é só sair pela porta dos ônibus da Esplanade, vai descendo em direção ao rio, passa em frente a um jardim muito bonito, atravessa a rua e é o primeiro prédio. Tem muito como errar, então se eu fosse você perguntava até achar alguém que possa te levar lá! Hahaha
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Essa foto não foi tirada no restaurante, mas dá pra ver o sol se pôr sobre o rio lá
Ok, agora o que tem para fazer por lá? Além de dar um passeio em Rottnest e Fremantle, você pode visitar o Kings Park. Certifique-se de entrar pela portaria correta porque ele é enooooorrrrrme mas as atrações estão todas concentradas na portaria perto da Esplanade e consistem no jardim botânico, uma lanchonete com uma vista maravilhosa para o Swan River e, claro, um memorial de guerra. Caso você entre pela portaria errada, como eu, prepare-se para uma loooonga caminhada sob o sol escaldante de Perth, na parte mais seca e feinha do parque sem nenhum bebedouro no caminho. Não recomendo ir pelo lado errado de jeito nenhum! Hahaha
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Pensou que era uma nuvem, né? Elas não existem em Perth. Essa era só um incêndio mesmo
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Memorial de guerra da vez no Kings Park
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Além do Kings Park, temos várias praias onde você provavelmente não vai querer nadar porque tubarões podem ser encontrados a apenas 300m de distância da areia. Mas ainda assim não deixe de ir porque será sua oportunidade de ver o sol se pôr no mar australiano, já que Perth é a única capital australiana virada para o oeste. (Lembre-se que no Brasil não temos nenhuma!) E é espetacular! A praia que nós escolhemos foi a charmosa Cotesloe.
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Ana, a melhor guia de Perth ever!
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Fim! Claro que deve ter um monte de outras coisas que eu não fiz porque foi bem corrido, mas espero ter ajudado em alguma coisa!
Epílogo: Sobre como eu quase não embarquei para Sydney ou O Dia em que Tudo deu Errado
Meu vôo saía de Perth às 9hs da manhã, o que significa que eu precisava estar no aeroporto até 8:30. Saí da casa da Ana às 7hs com instruções claras de pegar o ônibus na Esplanade até o aeroporto por volta das 07:30. Porém ao chegar lá não consegui encontrar a plataforma de onde sairia meu ônibus em nenhum dos telões e decidi correr até o ponto onde eu tinha descido do ônibus do aeroporto quando cheguei na cidade. Cheguei lá pouco depois que o ônibus passou e o próximo era 08:00, chegando ao aeroporto 8:40, ou seja, ferrou! Peguei o ônibus assim mesmo, tentei fazer check in pela internet mas já estava fechado, desci no aeroporto e corri para o check in normal. Pedi aos passageiros do póximo vôo para furar fila, implorei piedade pra moça, já que esse também já estava fechado há muito tempo e ela me deu um cartão de embarque e me mandou correr porque o embarque do meu vôo já tinha começado.
Corri desesperadamente, tirei todos os líquidos da mochila e coloquei para passar no raio-x. Quando eu passei pelo detector de metais a máquina apitou! Mas eu não tinha absolutamente nenhum metal comigo, o que fez com que os guardas suspeitassem dos meus tênis e pediram que eu os retirasse. Tirei o tênis, passei de novo e eles passaram os sapatos logo depois. Nenhum apito. Peguei minhas coisas e saí correndo para o portão com os tênis nas mãos porque não tinha tempo para calçar. Sim, eu estava correndo de meia pelo aeroporto! Detalhe que o dito aeroporto estava em obras e meu portão escondido atrás de um tapume. Ou seja, fui para o portão do lado oposto onde o moço me explicou o caminho certo. Consegui chegar no portão certo, ainda de meias, e nem fui a última da fila. Calcei meus sapatos e entreguei meu cartão de embarque para a moça passar na máquina. Adivinhem se ele passou? Claro que não! Me pediram pra esperar um pouco ao lado da fila para confirmar que eu era mesmo passageira daquele vôo mesmo com um cartão que não funcionava. Quando finalmente me liberaram alguém decidiu que minha mochila era grande demais para eu carregar na bagagem de mão e me mandaram despachá-la. Como já era tarde demais para voltar no balcão e fazer a coisa do jeito certo, me mandaram descer até o depósito de bagagens e colocar a mochila lá. Depois disso finalmente entrei no avião e fui na maior inocência sentar no meu lugar só pra descobrir que já tinha uma menina lá! Chamamos a aeromoça e ela verificou que ambas tínhamos o mesmo cartão de embarque. Tipo, não só o mesmo número de assento, mas o mesmo nome! Sim! Na correria a moça do balcão me deu o cartão de embarque de outra pessoa!!! E lá vamos nós telefonar pro balcão pra moça verificar se meu nome está entre os passageiros, imprimir outro cartão e me dar um lugar novo pra sentar. Aí sim, finalmente, consegui voltar pra casa sem maiores problemas! Ufa!