quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Darwin

O melhor jeito de colocar a Disney e Darwin na mesma imagem


Alooouuu, meu povo!!
  Voltei!! E conforme prometido, iniciaremos a travessia do lendário Outback. Para quem não sabe, o Outback é um deserto vermelho e muuuuito grande que ocupa o miolo da Austrália todinho! E bem no meio dele fica a atração mais visitada do país, o Uluro, ou Ayers Rock, mas chegaremos lá mais tarde. Vou começar do começo.
  Se você pretende fazer a travessia completa existem dois começos possíveis: Adelaide, que é a capital mais ao sul do país, ou Darwin, que é a mais ao norte. De qualquer forma, uma será seu ponto de partida e a outra seu ponto de chegada. Eu escolhi o sentido Darwin-Adelaide, aka Norte-Sul, por motivos de saía mais barato.

Tá ruim de ver, mas esse foi meu trajeto completo

   O deserto é meu lugar favorito em toda a Austrália? Não. Mas foi de longe minha maior aventura durante todo o intercâmbio e recomendo muito! É uma coisa que não se vê em nenhum outro lugar e tem lugares tão mágicos que a gente até começa a botar mais fé nas histórias aborígenes. Mas chega de enrolação e vamos ao que interessa.
  Uma coisa boa de se saber sobre Darwin para mochileiros: É super de boa dormir no aeroporto! Sem dúvidas o mais confortável de todos que dormi dentro e fora da Austrália. Normalmente o que temos são cadeiras com braços, caso você consiga dormir sentado, ou o chão para quem quiser deitar. Darwin tem maravilhosos sofás de DOIS lugares!!! Cinco estrelas!
E de quebra, esse é o nascer do sol visto de Darwin

  E aí quando você sai do aeroporto para as ruas é que vem a parte triste: Darwin é MUITO quente e úmida! Nunca fui a Belém do Pará, mas pela latitude de ambas as cidades e pelo que já ouvi dizer, creio que seria o equivalente brasileiro mais próximo. Darwin é daquelas cidades que absolutamente todos os lugares possuem ar condicionado e que só vale a pena tomar banho antes de dormir porque mesmo que você fique parado na rua estará pingando de suor em menos de 30 segundos!
  Mas aí você olha à sua volta e percebe que está em uma linda península, repleta de ilhazinhas cercadas pelo mar e pensa: Tranquilo, vou nadar! Ah vai! O mar de Darwin é dos mais perigosos da Austrália, que é o mar mais perigoso do mundo! Repleto de crocodilos de água salgada e águas-vivas assassinas. O troço é tão feio que tem um pedaço com uma muralha anti-crocodilo e uma  rede anti-água viva eainda assim quem entra na água é considerado louco.
  Último aviso: Para quem está acostumado ali com as cidades grandes, como Sydney e Melbourne, a quantidade de aborígenes nas ruas de Darwin (E da maioria das cidades do deserto) pode ser estranho. Infelizmente eles sofreram um caso parecido com o dos índios aqui do Brasil: Chegou uma cambada de homem branco, catou as terras deles e falaram: De boas, podem morar com a gente. Mas não é assim que funciona. Os aborígenes não se adaptaram bem à cultura dos "brancos", que por sua vez tinham (E têm) muito preconceito com eles. Como se não bastasse, eles conheceram o açúcar e o álcool e tornaram-se viciados em ambos. Isso significa que a maioria dos aborígenes que vivem nas cidades são marginalizados. Muitos são diabéticos e/ou alcóolatras. É consenso geral de que apesar de muitas vezes sujos e mal cuidados eles são inofensivos e até simpáticos, os locais recomendam cuidado apenas com os que estiverem visivelmente bêbados (Recomendação eque deve ser estendida a qualquer pessoa, independente da origem).
  Beleza, agora que já queimei o filme da cidade, vamos para a parte boa: Darwin é bem pequenininha porque teve que ser reconstruída do zero outro dia mesmo (Maiores explicações em breve), então é possível conhecer tudo a pé e em um dia só. Quando perguntei à recepcionista do meu hostel o que tinha para fazer na cidade ela me recomendou dois lugares: O Bicentennial Park e o Waterfront. Como ela disse que o Bicentennial era bom para ver o pôr do sol, escolhi começar pelo Waterfront.
Como diz o nome, o Waterfront fica de frente para a água, mas até aí boa parte da cidade também fica. Só que lá eles fizeram uma espécie de shopping, com restaurantes, agências de turismo e algumas lojas de roupa, tudo para quem tem mais dinheiro que eu. Mas o que realmente importa é que lá fica a piscina com ondas! Pensa: Em uma cidade que faz um calor do inferno e que entrar no mar é um risco mortal, essa piscina é O melhor lugar para os locais! O pessoal até surfa nela (Literalmente, com prancha e tudo!) e se não me engano a taxa de entrada é 2 dólares.
Essa é a vista do alto do shopping do Waterfront. Aquele muro cinza no meio do mar é para os crocodilos

E, acredite se quiser, essa é a piscina de ondas

 De lá, segui para o Bicentennial Park. Fiz uma caminhada na trilha de lá, que passa por entre as árvores até um mangue, é bem bonito. Também passei pelo cinema ao ar livre que tem lá do ladinho! É bem famoso porque é no estilo daqueles cinemas de filmes antigos, cheios de luzinhas e de frente para o mar, mas não gostei do filme que estava em cartaz. Conforme sugerido pela recepcionista, na hora do pôr do sol me juntei a um monte de pessoas que estavam na grama e vi um espetáculo muito melhor que qualquer filme!
Essa a trilha do Bicentennial. Achei esse poste aí super Nárnia tropical

E este o fim da trilha. Achei que vale a pena.


Essa é a entrada do cinema ao ar livre

E a vista a partir desta mesma entrada

 Eu vi o sol se pôr em vários países, várias cidades, no mar, entre as árvores, atrás de montanhas, cada um mais lindo que o outro. Me considero uma colecionadora de pores de sóis (Se é que existe plural disso), é uma coisa que faço questão de ver em todos os lugares que acho bonitos. E Darwin é sem dúvidas o número 1 da minha lista. O Bicentennial Park é estrategicamente localizado de forma que o sol se põe no mar atrás de várias ilhas que estão atrás das árvores e o sol se colore de tons de laranja que eu pensava só serem possíveis em lugares poluídos, mas que existem em Darwin onde mal tem gente!
Olha isso!!!

Sério mesmo?!?

No words needed

Depois disso fui para o quarto dormir cedo porque meu ônibus saía no outro dia cedo. Mas ficam aqui duas dicas para quem tiver mais tempo (e dinheiro) que eu na cidade: Há boatos de que Darwin tem um restaurante de carnes exóticas onde você pode experimentar legalmente crocodilo (E dizem que é muito bom), mas eu não encontrei o lugar. E visite o parque nacional de Kakadu. Por mim! Eu queria muito, mas ele fica ao norte da cidade e eu precisava ir para o sul! Vi as fotos de amigo que foi e é exatamente como eu esperava: Verde, repleto de cachoeiras lindas e com um pôr do sol que eu aposto que seria um páreo duro contra Darwin propriamente dita. Como não deu pra ir, volto no próximo post com o que acontece com quem decide ir para o sul. Inté!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Bali- Terceiro Dia

É hora de dar tchau :(


Alooou, meu povo!
 O post hoje vai ser bem rapidinho porque o terceiro foi o último dia então ficamos em Kuta mesmo. De manhã aproveitamos a piscina do hotel e depois do check out andamos pela praia e pela rua principal. Eis aqui minhas impressões sobre a área:
  Quem estiver ali pela rua da praia, não deixe de comer as panquecas da loja de panquecas (Só tem uma especializada). São deliciosas e custam apenas 2 dólares!!! (No Pancakes on the Rocks de Sydney é tipo 18 dólares as mais fracas).
D O I S DÓLARES!!!

   Dê um rolé no camelódromo para encontrar blusas muito baratas e fresquinhas! Salvam no verão do Brasil!

   Não perca seu tempo indo à praia nadar, o mar é pura alga e lixo! Mas não deixe de ir à praia para um pôr do sol espetacular!!
Não faz jus à realidade...

   Preciso comentar também o preço do táxi para o aeroporto! Quando entramos tinha um aviso de que o preço mínimo da corrida era 6 dólares (O ônibus de Sydney é 3) e como o aeroporto era longa pra burro apenas rimos. Óbvio que ia dar mais! Resultado: AUD 4.20! Pagamos AUD 6.00. E no avião ainda encontrei um mano reclamando que Bali era muito cara!!! Imagina as outras ilhas dessa Indonésia...
Té mais, Bali!

 Espero que todos estejam empolgados porque a partir do próximo post começaremos a travessia do deserto australiano!! Uhuuull!



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Bali- Segundo dia


Bonzinho que nem os macaquinhos de Ubud...
Aloooou, meu povo!
 Partiu acabar de conhecer Bali? Sem enrolação hoje porque o segundo dia foi muuuito cheio!!
 Acordamos a decara Aghun levou a gente para ver outra dança típica. Essa foi bem mais rapidinha, a história era mais legal e mais fácil de entender, achei melhor que a do templo. (Não conhece Aghun nem o templo? Clique aqui)
 Dessa dança seguimos para outro passeio cultural que era para ver se a gente comprava alguma coisa conhecermos as artes tradicionais da Indonésia. Vimos o batik, que é uma técnica maravilhosa de pintura em tecidos, uma joalheria, pintura e escultura. Era tudo muito caro e acabamos levando só um porta moedas de batik (A Ana que comprou esse) e um pingente de sininho, mas era tudo MUITO bonito! Achei que valeu a pena.
A dança era a história de um macaco e um cachorro, por isso essas fantasias

Olha o batik desse moço!!

E o nível das esculturas (As jóias e as pinturas não podia fotografar)

 Depois das artes, seguimos para Ubud, que é a segunda cidade mais visitada de Bali, muita gente acha até melhor que Kuta. A atração mais famosa de Ubud é a floresta dos macacos onde tem realmente MUITOS macacos, macacos ad infinitum, por todo lado e sem nenhuma vergonha na cara ou medo de mexer com você. Esconda tudo que brilha ou balança e tome cuidado com os seus pertences. Esse é outro passeio que apesar de tudo vale a pena. Os bichinhos são fofinhos e a floresta é maravilhosa, cheia de templos e fontes, tudo muito verdinho por causa da umidade que faz crescer musgo em tudo! Destaque para uma das fontes que é repleta de carpas que comem moedas! Dizem que se você fizer um pedido,jogar uma moeda na fonte e uma carpa comer, seu pedido será realizado.

Eles são folgadinhos demais!

E nem ligam pras pessoas

Essa é a fontes das carpas comedoras de moedas

E essas obviamente são as ditas cujas
Vê como até os templos são verdes?


Olha quantos macaquinhos numa fonte só!
 De Ubud seguimos em direção ao vulcão Batur. No caminho paramos em uma das tradicionais plantações de arroz em curvas de nível. Tão bonito... Tão verde....
A chuva já estava atrapalhando as fotos

E aí de repente começou a chover muito, foi assustador, não dava para ver a estrada! Mas chegamos bem até o restaurante onde deveríamos almoçar, que tinha uma vista ESPETACULAR para o vulcão! E parou de chover enquanto almoçávamos, então conseguimos apreciar o cenário da varanda! Foi meu lugar favorito em toda Bali!


Do vulcão fomos visitar uma fazendo de frutas onde eles também produzem o lendário Café Luwak. Você pode não estar ligando o nome à pessoa, mas certamente já ouviu falar. O Luwak é um bichinho, um mamífero pequeno, parece um guaxinim. Eles criam alguns na fazendo e os alimentam com café. Os funcionários então recolhem os grão que saem com as fezes dos Luwak, fervem, torram e moem. As pessoas que gostam de café garantem que a passagem pelo intestino dos bichinhos dá aos grãos um toque achocolatado delicioso, mas para mim era tão ruim quanto qualquer café. Para os interessados, a degustação de sete tipos de chás e cafés, incluindo o Luwak (Tinha alguns muito bons!), sai por cerca de 15 dólares na fazenda, o que é uma pechincha se comparado ao preço do Café Luwak fora da Indonésia!
Uma porrada de coisas pra degustar!

Esse é o Luwak
 Voltamos para casa, tomamos banho e só queríamos dormir, mas ainda precisávamos conhecer a lendária Sky Garden, que é uma boate gigante de 5 andares, cada andar um ambiente e com um restaurante maravilhoso no topo! A entrada é apenas 5 dólares e você pode comer à vontade lá no topo, com direito a hamburguer e um churrasco delicioso, praticamente idêntico ao brasileiro! Melhor que muitos brasileiros,inclusive! A bebida é paga separadamente. Na mesma rua da Sky Garden tem várias outras baladinhas que pareciam até divertidas (Tocando música brasileira até), mas estávamos cansadas demais e dormimos logo depois de comer. Só tome cuidado com os muitos vendedores pelo caminho que ficam te parando e não te deixam sair. Tem vendedor de tudo, desde passeio turístico até roupas e cocaína (Sim, cocaína).
 Foi o dia mais movimentado disparado, mas ainda tem mais um rapidinho que guardarei para o próximo post!