É Surfers Paradise, dã! |
Aloooou, meu povo!
Já voltei! Dessa vez para falar de Gold Coast, uma cidade de tamanho médio que fica pertinho de Brisbane (3 horas de trem), capital de Queensland. Como Brisbane é a BH da Austrália e não tem praia, Gold Coast é meio que a Guarapari deles (Mineiros e entendedores entenderão), é onde todo mundo vai nas férias e feriados. E aí a cidade vem crescendo na base do turismo, tudo lá é hotel, shopping e parque temático. Creio eu que depois de Sydney essa é a cidade favorita dos brasileiros para morar (A minha segunda colocada continua sendo Adelaide), creio que por dois motivos principais:
1- É a cidade grande com as praias mais parecidas com as nossas. Já mencionei que as praias de Sydney são em geral pequenas faixas de areia com penhascos dos dois lados. Pois em Gold as praias são longas, tem muito menos animais assassinos que a média australiana e ondas boas para o surf (A praia mais famosa da cidade não se chama Surfers Paradise a toa).
2- Gold Coast está crescendo na velocidade da luz, parece que a cidade inteira está em obras, então é bem fácil achar emprego nelas sem precisar de qualificação nem falar inglês.
Minha viagem foi um bate e volta bem rapidinho, durou só três dias, mas rendeu um bocadinho de histórias pra contar.
Começando com a luta que foi chegar lá. Eu adoro mato e natureza mas confesso que tenho um fraco por parques temáticos, então já tinha bastante tempo que eu tentava achar uma passagem para Gold Coast. Achei e convenci a Ana a ir comigo. Pegamos nossos mochilões e depois o ônibus para o aeroporto de Sydney com duas horas de antecedência, como fizemos em todas as nossas 6758790 viagens anteriores e sempre deu certo. Durante o ano inteiro que vivi em Sydney eu vi apenas dois engarrafamentos, um quando passei em frente ao Allianz Stadium na hora que acabou um jogo de criquet e nesse dia, a caminho do aeroporto, por causa de um acidente. Simplesmente não andava!! Faltando meia hora para o vôo (Já tínhamos feito o check in online), descemos do ônibus e corremos até o aeroporto. Chegamos ao portão de embarque com UM MÍSERO MINUTO de atraso, o moço estava trancando a porta, dava pra ver o avião na pista... Perdemos o vôo. O único que perdi na vida e não recomendo pra ninguém. Pagamos uma taxa e conseguimos lugares no avião da manhã seguinte.
O aeroporto de Gold Coast é um pouco longe do centro turístico, como a maioria dos aeroportos, mas não é longe da cidade e isso é que é engraçado. Creio que a maioria das cidades tem um centro e então tudo cresce e volta dele, formando algo próximo de um formato circular. Gold Coast é esticada, uma linha que acompanha a costa, então saindo do aeroporto você pega uma avenida, já com casas e lojas, e anda muito nela até chegar no centro.
Das coisas que tem no centro de Gold Coast |
O hostel que ficamos chama-se Hostel Gold Coast International Backpackers Resort (Um nome simples e prático). Ele estava bem avaliado no Hostel World e era bem mais barato que meu amado YHA. Dessa vez não me arrependi de ter arriscado. Ele é super bem localizado, dá pra ir a pé até Surfers Paradise e é pertinho do ponto de ônibus para os parques. A recepcionista, que talvez também seja a dona, chama-se Jo e é super simpática e prestativa, chama todo mundo de honey e darling o tempo todo. Eles fazem a gente se sentir bem vindo mesmo.
Na volta eu esqueci o tripé da minha câmera debaixo da cama e liguei pra Jo para perguntar se ela tinha achado. Ela não só acho como guardou, levou ao correio e enviou de volta para mim na mesma semana! Não sei se é porque estou acostumada com a desconfiança brasileira, mas não esperava que fosse ser tão facil.
Outro pequeno destaque da nossa estadia foi nossa companheira de quarto. Éramos quatro, mas uma das meninas nunca estava, a outra era uma senhora, bem mais velha e muito doida! Ela já estava lá há muito tempo, parece que ela estava meio morando no hostel, e tinha umas idéias meio alternativas. Ela criava plantas no quarto e estava reagindo uma mistura no banheiro que, segundo ela, substituía o sabão em pó de forma sustentável.
Beleza, recomendei o hostel, agora o que tem pra fazer?
Primeiro, claro, visitar Surfers Paradise. Se você espera uma praia vazia, cheia de árvores, areia clara e água transparente, passou longe. A areia é amarronzada e o mar também não é o mais limpo que já vi. A praia é bem longa, mas bem no meio da cidade, então nada de árvores. Bem na orla tem uma feirinha de artesanato, até bem bonitinha, que garante o fluxo de pessoas.
Caminhe até o letreiro, monumento, sei lá, que diz, adivinhem, Surfers Paradise e pegue a rua em frente, perpendicular à praia. Essa rua é uma espécie de shopping a céu aberto, não passam carros e tem muuuuitas lojas, inclusive alguns shoppings. Lá tem umas coisas interessantes que não se acha em qualquer lugar, como um pub da Domino's Pizza, uma loja onde você pode montar seu próprio urso de pelúcia, uma de churros gourmet,lojas de roupas bem coloridas (No estilo de verão eterno que eles vivem em Gold e com preço razoáveis), artistas de rua e restaurantes de todo lugar do mundo!
Esse letreiro |
Nós comemos em um que se chama Curry Express, é bem gostoso, rapidinho e barato, mas não é em Surfers Paradise, é na rua onde passa o bondinho (Que quando fui já estava quando pronto e agora deve estar fazendo maravilhas pelo transporte público de lá). Outro bonitinho que achei interessante é o Pancakes in Paradise, que tem vários sabores de panqueca e é bom para o café da manhã.
Passamos uma tarde lá e os outros dois dias gastamos nos parques temáticos, fomos só no Dreamworld, da Dreamworks, e no Movie World, da Warner Bros, dispensamos o Sea World e o Wet'n Wild por falta de tempo, dinheiro e vontade mesmo. Conto minhas impressões sobre cada um no próximo post.