terça-feira, 27 de maio de 2014

Dunedin


Esse é um Dunedain, que não tem nada a ver com Dunedin, mas que a gente gosta mesma coisa

Alooou meu povo!!
  Devo confessar que a vida está um pouco melhor pra mim agora que os piores trabalhos passaram. Ainda tenho três provinhas, um quiz e mais um trabalho para fazer, mas nada que me impeça de dedicar uma horinha da minha vida a este pequeno blog.
 De acordo com a última vez que chequei, estávamos saindo de Franz Josef/Wanaka rumo a Dunedin. De cara eu já me apeguei ao nome da cidade porque, quem leu e é um pouco fã de O Senhor dos Anéis como eu sabe, Dunedain é o nome dado à mais nobre casa humana da Terra Média, da qual descendem os grande reis, incluindo Aragorn, um dos mocinhos da parada toda. E eu acho simplesmente incrível que a primeira capital da Nova Zelândia, que um dia viria se tornar a própria Terra Média, tenha recebido um nome tão parecido sem que as duas coisas não tenham absolutamente nenhuma relação concreta.
Uma das vistas da cidade

 Além de primeira capital, Dunedin é a cidade mais antiga de toda a Nova Zelândia e a maior que visitamos na Ilha Sul, onde fica o único castelo do país, a rua mais íngreme do mundo (Uhuull!) e a fábrica da Cadbury, que, confesso, foi a verdadeira razão pela qual passamos por lá.
Sim! É uma montanha de barras douradas de chocolate, que valem mais do que dinheiro!
  Para quem não conhece, a Cadbury é uma marca de chocolates muito boa e muito famosa por esses lados de cá do planeta. Para se ter uma idéia, eles competem com a Lindt e a Kinder nos free shops da vida, que são marcam bem mais renomadas, e produzem uma variedade de produtos muito maior! Acredite se quiser, eles têm uma fábrica no Brasil e ela produz coisas que você já provou, como Bubbaloo, Trident e Chiclets, só que com o nome de Adams. E lá em Dunedin está uma das poucas filiais que lhe permitem visitar a fábrica, ver todo o processo de fabricação, ganhar um bocado de chocolates de graça e comprar mais ainda por precinhos bem camaradas, basta que você entre no site e agende seu tour. Devo confessar que é um pouco técnico demais, mas como engenheira nem me importei e ainda recomendo o passeio. É rapidinho e muito gostoso!
Vê a sacolinha na minha mão? Chocolates grátis!!

Primeiros carrinhos da Cadbury

 Depois disso decidimos dar um passeio pela cidade, que é cheia de prédios antigos e muito bonitos, incluindo aí a primeira igreja do país que parece bastante confortável para algo tão antigo. Eles têm também uma estação de trem super charmosa que fazem viagens que parecem muito interessantes, mas cobram os olhos da cara. E talvez um rim. Bem no centro da cidade tem uma praça rodeada de bares e restaurantes (Me lembrou muito BH) onde você pode conseguir comida muito boa e observar o movimento. Recomendo fortemente um lugar que vende sanduíches chamado Velvet Burguer. Delicioso!
Estação de trem

Por fora

Estação

 Nesse dia em específico o movimento estava ainda maior porque estava acontecendo a Graduation Parade da turma de Medicina. Eu explico: Nas grandes universidades neo zelandesas, as turmas de formandos desfilam pela cidade, cada dia uma turma diferente (Porque as cidades são tão pequenas e tem tão pouca gente que dá para fazer esse tipo de coisa), e esfregam seu sucesso na cara da sociedade e são cumprimentados pela conquista. Claro que tudo acaba nos pubs da tal praça principal.
A primeira igreja

Vitral muuuuito lindo!

Por dentro. Muito fofa!

 No dia seguinte, decidimos visitar o tal castelo, que se chama Lanarch Castle. Conseguimos um senhor muito fofo para ser nosso guia (E depois descobrimos que ele era o pai da moça do hostel, que indicou ele pra gente) que nos levou até lá e nos mostrou um monte de coisas que jamais encontraríamos sozinhas (Até porque já estávamos saindo sem ver e ele voltou lá pra mostrar). Lanarch é o nome do nobre que foi dono do castelo. Ele teve três esposas e acabou se matando porque, dizem, a terceira estava tendo um caso com o filho mais velho. Além do castelo, a família tem um enorme mausoléu no cemitério local, construído especialmente para a primeira esposa, que era a mais amada.
A princesa na torre mais alta. Hahahaha

Castelo visto do jardim

Uma panorâmica básica

O salão de baile

 Depois que os Lanarch perderam o prestígio, o castelo foi vendido para duas irmãs que se interessaram pela história e decidiram deixar tudo preservado e abrir para visitação. Elas ainda abriram um café no salão de baile (Que ainda pode ser alugado para festas, caso alguém tenha interesse) e cuidam dos jardins espetaculares, repletos de referências à Alice no País das Maravilhas (Nem me pergunte porquê). Ah! Se você alugar o salão seus convidados podem se hospedar nos estábulos, que foram transformados em um hotel normal, para humanos mesmo.
Ok, agora são mil fotos dos jardins







Como eu disse, Alice no País das Maravilhas


Você consegue ver o coelhinho?


Deixa a Rainha de Copas me ver aqui...


Essa é a porta que leva ao País das Maravilhas. E é bem escondida! Só achamos porque o guia mostrou.

 Saindo do castelo ainda tivemos tempo de tomar outros destinos. Fernanda e Bruna seguiram de volta para Queenstown (Para pular de swing e voltar para a Austrália) e eu segui para Auckland, onde comecei a primeira viagem solo da minha vida. Como eu sobrevivi? Cenas dos próximos capítulos...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Franz Josef




A Desolação de Smaug! Outro que podia muito bem ser Franz Josef.


Aloooouuu, meu povo!
  Vou-me embora para Gold Coast em breve e ainda tenho um trabalho de 5000 (CINCO MIL!!) palavras para fazer e claro que nessas circunstâncias não há nada melhor para fazer do que procrastinar no meu blog! Eba!
 De acordo com a última vez que eu chequei, estávamos em Wanaka e de lá fomos para Franz Josef, que é basicamente uma geleira. Nessa parte os brasileiro tudo pira: Aaaaana! Você viu neve? Não. Desculpa se te decepcionei. Prometo que explico o porquê em breve.

 Antes de começar a falar sobre o vilarejo de Franz Josef devo falar sobre nossas paradas no caminho, porque não tinha ônibus e tivemos que pegar um tour. A primeira foi uma cachoeira ma-ra-vi-lho-sa! Sério, lembra daqueles lagos transparentes que tem pra todo lado nesse país? Agora pega essa água de geleira e usa em uma cachoeira beeeem grande! É isso. Depois paramos para almoçar em uma fazenda de salmão. Não é todo mundo que gosta, mas eu comprei um sanduíche de salmão fresquinho por bem menos que o preço normal e fiquei bastante satisfeita. Recomendo. Ah! Outra coisa importante da estrada: Ela é apenas para os corajosos. Muita curva e beira de penhasco. NÃO vá se não estiver seguro no volante! Por favor!
Olha essa água, vééiii!!
    Chegando em Franz Josef, temos a boa velha estrutura de duas ruas de Wanaka, só que ainda menor porque são ruas e não avenidas. Uma na verdade é a estrada e nela temos um trailer de "cachorro quente" (Na verdade é salsicha frita no palito, mas eles vendem uma pavlova sensacional!- Não sabe o que é pavlova? Parece um suspiro, só que mais molinhos e com molho de frutas por cima. Joga no Google), uma loja de arte Maori (Que são meio que os índios locais), um mercado, uma igrejinhazinhainha (Porque é muito pequerrucha mesmo) e alguns hotéis. Na rua de trás temos mais hotéis, um centro de conservação de kiwis (O pássaro, não a fruta) e se você for um pouco mais para frente vai achar até piscinas termais.

Os vitrais da igrejinha


Não é muito fofo?










 Nós ficamos em hotel, mas pagamos preço de hostel, chama-se Chateau Franz Josef. Digo que era hotel porque apesar de ter três beliches nosso quarto era como um apartamento, com pia, frigobar, banheiro e ainda por cima só estávamos eu, Bruna e Fê de hóspedes, ou seja, quarto privado. Hahaha Ah! Eles também oferecem sopa (É quase que só água com legumes, mas é grátis, poxa!) e café da manhã de panquecas! (Só doces, mas é grátis, poxa!)
Bom, aí quando chegamos na cidade já era de tarde e a recepcionista do hostel disse que era melhor ir na geleira só no dia seguinte. Perguntamos o que sobrava para fazer naquela cidade enooorme de duas ruas e ela nos recomendou seguir uma trilha na floresta atrás do hostel que levava a uma caverna com gloworms. Para quem não sabe, gloworms significa vermes brilhantes e é isso mesmo. São minhoquinhas muito comuns na Nova Zelândia (Tem algumas na Austrália também) sendo as mais famosas em Waitomo (Chegaremos lá), que se prendem ao teto das cavernas como um fio e elas são bioluminescentes na ponta. O resultado é que quando a caverna está cheia delas parece um céu estrelado e é lindo! Mas em Waitomo a visita é caríssima e a chance de ver o espetáculo de graça pareceu ótima para nós. A moça falou que a trilha era fácil de seguir e que só recomendava que a gente levasse uma lanterna, coisa que compramos no mercado e seguimos serelepes para a caverna.
Começo da trilha para a caverna

A trilha realmente não tinha erro porque não haviam bifurcações, mas tinha morros consideráveis e a floresta era muito úmida, o que faz barro e consequentemente deixa tudo escorregadio. Ebaa! E ainda quase fomos atropeladas por um veado. Quando finalmente chegamos na caverna todo o esforço valeu a pena porque ela era linda por fora! Pequenininha e toda verde! Era uma mina mas agora já está desativada. Assim que colocamos os pés lá dentro percebi que a moça esqueceu uma recomendação: Galochas. A caverna era alagada! Ok, água na altura do tornozelo, mas num frio de 10 graus não é nada divertido! E para quem ficou curioso, nós vimos UM mísero gloworm. E eu nem tenho certeza se era mesmo um ou só ilusão de ótica. De qualquer forma, valeu pela aventura.
Quase passou por cima de nós

Olha que caverna linda!

A trilha é fácil... Uhum...

No dia seguinte fomos à bendita geleira.  Tem um ônibus que sai de qualquer uma das duas ruas e te leva até o parque nacional. Chegando lá é só seguir a trilha. O lugar é completamente desolado! Para quem conhece o Senhor dos Anéis, Mordor foi filmada em Tongariro e eu achei um desperdício! Franz Josef faria muito melhor! O problema é que a geleira já cobriu quase todo o parque e mesmo depois de derretida a terra está tão danificada que nada cresce. Falando em derreter, tem um mirante que mostra até onde a geleira ia há, sei lá, 50 anos atrás e... Putz! A gente tá muito perdido com esse aquecimento global.
Deu pra entender? A geleira ia até essa parte branca mais alta, meio transparente, onde tá escrito 1865. Sim! Quase até o topo das montanhas!

Isso é o que tinha nas últimas medições, em 2010

E isso foi o que eu vi do mesmo ponto no verão de 2013. Assustador, não?

Um rio de gelo derretido


E aqui nós chegamos na parte do Aaaana! Você viu neve? Não. Vários motivos. Primeiro por causa do tal aquecimento global que reduziu a geleira. Segundo porque era verão, então ela estava ainda menor e terceiro porque teve um deslizamento de terra bem no meio do caminho, o que nos impediu de chegar mais perto. Sim, eu fiquei um pouco decepcionada. Ah! E como eu faço pra ver neve então? Bom, tenho algumas sugestões: Você pode descer do ônibus um ponto antes e ir à Fox Glacier ao invés de Franz Josef. Fê e Rô-não-Todo-Poderoso-Rei foram até lá e disseram que é melhor. Outra opção é ir nas geleiras mais ao norte, próximas à Christchurch, que dizem ser maiores. Ou ainda, claro, você pode ir no inverno. Se eu me arrependi de ter ido até lá? De forma alguma! Além de ser um cenário completamente diferente de tudo que já vi, o derretimento da geleira forma cachoeiras lindas! Vejam e comprovem:

Isso é o mais perto que eu cheguei da geleira

Isso é o que eu quero dizer com desolado

Nesse mesmo dia pegamos o ônibus de volta até Wanaka, onde fomos abençoadas por uma porta quebrada no hostel que inutilizou o nosso quarto e fomos colocadas em uma suíte só nossa, com televisão e tudo. Outra curiosidade desse dia é que conhecemos um grupo de 11 americanos (E um uruguaio que falava português melhor que eu) que estavam usando a cozinha tendo reservado apenas uma cama! E vocês pensando que só brasileiro é trambiqueiro! E mesmo essa única cama era só porque um deles precisava da internet para uma entrevista de emprego! Hahaha Os outros estavam dormindo nas campervans (Que são como mini-trailers, carros com cama e uma cozinha beeeem pequena, o que explica porque eles preferiam a do hostel). No dia seguinte rumamos para o extremo sul. Destino? Dunedin! 



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Wanaka



Ops! Lago errado...

Alooouuu meu povo!
 O bicho está pegando na minha querida University of New South Wales e pra variar eu tenho uma média de 2 trabalhos (grandes) pra entregar por semana. Mas a gente precisa ter foco na vida e priorizar o que é mais importante, portanto, aqui estou eu de volta para contar a vocês o que tem para fazer nessa linda cidade chamada Wanaka.

Se eu fosse resumir a ilha sul em uma foto seria essa: Lago, montanhas, ovelhas. E nem chegamos em Wanaka ainda!
   Wanaka fica na ilha sul da Nova Zelândia a apenas algumas horinhas de Queenstown e é composta basicamente de duas avenidas: Uma à beira do lago (Oh! Não me diga! Lagos na Nova Zelândia?) e outra atrás dessa. E é impressionante como uma cidade de duas ruas pode ter tanta coisa!
Esse é o lago Wanaka. Mais ondas que muito mar por aí...

 Começando, claro, pelo lago. Grande, lindo, limpo, montanhas ao fundo e gelado como todos os outros. Mas Wanaka é surpreendentemente quente para a média da ilha sul, o que permitiu a nós tirar os casacos e aos locais, dar alguns saltos da plataforma.
Viram? Sem casacos!

 A primeira coisa que nós fizemos foi visitar o Puzzling World, que é meio que um museu interativo de ilusões de ótica. Muuuito legal! Eles têm quadros em 3D (3D mesmo, de parecer mais escultura do que quadro), várias daquelas figuras que parecem mexer e algumas com figuras menores escondidas. O meu favorito era uma sala inclinada mas que tudo parece reto! É muito difícil andar lá dentro, porque na verdade é uma subida) e quando você fica de costas parece que você é um ninja do equilíbrio por conseguir tombar tanto sem cair. Ah! E claro, dá para cair pra cima. Expliquem essa, ateus! Tem também uma sala que dependendo de em qual lado você está é gigante ou minúsculo e um labirinto muito difícil! Sério, eu já fui em alguns labirintos daqueles de cerca viva e fiquei decepcionada porque eram muito bestas, mas esse é de madeira e dos bons! O objetivo é passar pelas quatro torres (Em ordem aleatória se você for fraco ou na ordem específica se você for foda) coisa que não conseguimos fazer, só achamos duas fizemos em cinco minutos! E depois Fê e seu esposo, Rorô-Poderoso-Rei, completaram o level hard. Ah! Tem também um tesouro escondido por lá. Valendo 100.000 dólares para quem achar. Até hoje, nada.
Teach and Learn (Ensinar e Aprender)

Alfabeto espelhado

You and me (Você e eu)

Rainhas do equilíbrio

Labirinto



Eu sou a pequetucha

Agora sou a grandona
Rainha do equilíbrio pra trás agora (Juro que essa água no fundo corre pra direita)

Até o banheiro. Porque a zoeira não tem limites

A torneira que gera água do ar (Não tem cano, ó)

Light and dark (Luz e sombra)

Love and hate (Amor e ódio)

Torre azul do labirinto. Viu? Nós chegamos!

Pilares e pessoas

  Depois decidimos dar um pulinho no cinema. Ain, Ana, não acredito que você viajou isso tudo pra ir no cinema! Você pode ir no cinema em qualquer lugar! Aí que você se engana, pequeno gafanhoto! Eu particularmente, nunca vi um cinema como o Paradiso. Ele não tem cadeiras, é todo de sofás (E tem até um fusquinha) com almofadas e tudo! No meio do filme a tela apaga e todos são convidados a comprar cookies enormes e deliciosos que ACABARAM de sair do forno! Se você não quiser cookies, recomendo o sorvete, que é disparado o melhor que já comi na vida (Compre o de maracujá, POR FAVOR, MARACUJÁ!!!). E converse com os funcionários. Foi com um deles que aprendi que a seleção de Rafting do Brasil é uma das melhores do mundo! Haha
Como não amar um cinema desses?

 Ah! Quase esqueço de mencionar o filme: One Chance (Não sei o nome em português). Conta a história real de um vendedor de celulares que compete no British's Got a Talent cantando, acreditem, ópera. Muito bonitinho, recomendo também.
Sim, passam filmes normais

 No dia seguinte cedinho fomos para Franz Josef, onde fica uma das várias geleiras da Nova Zelândia. Mas essa fica para um outro dia...