segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Kota Kinabalu

Sua oportunidade de bater um papo com os peixinhos sem esforço


Aloooou, meu povo!!
 Tô aqui na minha última semana de férias, sem sono e me deu muita, mas muita vontade de ressuscitar meu blog. Eu sei que postei o texto de homenagem aos ausentes da minha formatura outro dia mesmo (Sim, amigos, eu formei de mentirinha!), mas era um texto já pronto e não é a mesma coisa! Apenas não é.
  Enfim, cá estou eu devolta para contar de minhas peripécias no hemisfério leste e hoje falaremos do meu lugar favorito entre todos que fui na Ásia: Kota Kinabalu (É, eu também não sei qualé a dos malaios com o K, mas eles curtem a letra pra caramba).

 A cidade começou bem decepcionante, não vou mentir. É pequenininha e fofinha e o Centro de Informações para o turistas é excelente, com um pessoal muito disposto a ajudar. Até tem muitas coisas que parecem legais para se fazer nas redondezas, mas são tours bem caros e mochileiro é tudo pobre então a única opção que nos restou foi fazer a "trilha até a torre do relógio". Coloquei tudo entre parênteses porque a trilha é bem pequenininha e a torre então nem se fala! Acho que não é maior nem que o pirulito da Praça Sete aqui de BH e nem tem nada demais. Achei muito sem graça.
Isso é a cidade. Bem meh...

E essa é a "incrível torre do relógio"
 Mas aí chegou a hora do pôr do sol e aí sim eu vi vantagem! Simplesmente espetacular! O melhor ponto para ver é ao lado dos Markets, onde os pescadores já chegam com os peixes e já cozinham ali mesmo e vendem para você. Tem vários restaurantes, um mais simples e exótico que o outro e confesso que comi rezando para não ter nenhum problema digestivo no final e graças a Deus deu tudo certo! Eu e Ana comemos nossa comida malaia favorita, o fried rice (Que é um arroz com ovo frito e vários frutos do mar) e um peixe assado delicioso! Para descer isso tudo, um suco do que eles chama de dragon fruit. É estranho, mas não é ruim. E só a cor pra mim já valeu! Mais comidas que merecem destaque: O café da manhã de um restaurante que chama Old Town Coffee, bem no centro, e os chás gelados feitos na hora! O fundo até vem quente!

Lindo, não?

E isto é um suco de dragon fruit

E estas são dragon fruits. O nome faz bem mais sentido agora, não?

E esta é a prova de que Deus realmente nos protegeu de uma intoxicação alimentar
 Nisso aí a cidade já tinha subido bastante no meu conceito, mas foi no dia seguinte que eu me apaixonei de verdade! Kota Kinabalu é na verdade uma ilha e dela você pode pegar o barco para diversas outras ilhas menores e foi assim que fomos parar na mais próxima delas, Manukan Island. O barco te deixa no píer já com snorkel e você passa pela entrada do único hotel/resort da ilha (Que é muito fofo por sinal) e pode ir pra praia ao lado. O píer sozinho já vale o passeio porque tem centenas de peixinhos que ficam em volta dele pra comer das algas e crustáceos que grudam na madeira e se você nadar por ali pode atravessar no meio dos cardumes que eles nem ligam! Até gostam de comer sujeira do pé! Só tome cuidado para não se cortar nas conchas presas aos pilares (Eu e Ana nos cortamos, parabéns pras duas espertas).
Isso é o que eu quero dizer com nadar no meio dos cardumes
E isso é como você se corta nas conchas (Anta)

Sério, essa ilha é linda demais!

Um dos chalézinhos do hotel da ilha


Sim, eles realmente comem a sujeira do pé!


 Maaaass, se você botar os pés de pato para funcionar e nadar um pouquinho para a frente, bem pouquinho mesmo, vai estar boiando sobre os corais. E aí você pode ver tudo quanto é tipo de peixe sem precisar de mergulho de cilindro porque a água é transparente e o melhor de tudo: quente!! Tem como não amar?
Alguns dos peixinhos que vimos por lá



Sim, nós achamos o Nemo!!

E esse é todo o equipamento de mergulho necessário

Melhor ilha ever!!!

EVER!!!

E esse foi o fim de nossa aventura na Malásia. Pegamos outro avião e começamos uma nova! Indonésia, aqui vamos nós!!
Só porque eu amo muito essa foto

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Homenagem aos Ausentes EQ UFMG 2014/2


Para quem não ouviu ao vivo ou ouviu e não entendeu ou só quer uma inspiração, aí está o lendário texto da minha colação de grau:

Quando me perguntaram pela primeira vez sobre o que eu gostaria de dizer aos ausentes, respondi que o que eu gostaria mesmo era de perguntar se eles têm orgulho de nós. Se sorririam ao contar para os colegas de trabalho que seu filho, primo, irmão, sobrinho ou neto é oficialmente engenheiro químico. Se nos abraçariam apertado quando a cerimônia acabar e fariam uma festa para comemorar nosso primeiro emprego.
Eu sei que tem gente que não gosta, mas um dos livros que mais me ajudou a entender ausências foi A Culpa é das Estrelas. Não importa a história, meu foco aqui é uma única frase que significa tanto pra mim que está na parede do meu quarto: Alguns infinitos são maiores que outros infinitos. O próprio livro explica: Existem infinitos números entre 0 e 1, existe 0,1; 0,11; 0,111. Mas também é intuitivo que existem duas vezes mais números entre 0 e 2, tornando este um infinito maior que o outro. O que a mocinha da história queria explicar era que embora o tempo que tivemos com as pessoas que perdemos tenha sido pequeno, isso não o impede de ter sido tão infinito quanto o que temos com aqueles que ainda estão aqui, o que faz todo sentido.
Eu só acho que ela esqueceu de ressaltar uma parte. Que o grande infinito que existe entre 0 e 10, por exemplo, só é assim devido aos pequenos infinitos que existem dentro dele, como o que vai de 0 a 1. E que o intervalo existente entre 0 e 1 não faz parte de um único infinito. Ele está entre -2 e 4, entre -100 e 15 e muitos e muitos outros. Assim como partindo-se do infinito que vai entre 0 e 1 é impossível formar um que vá de -10 a -2 ou de 3 a 200.
Para explicar eu usarei o meu próprio exemplo. Eu tive um pequeno infinito com a minha mãe, muito menor do que eu gostaria. Mas o infinito dela começou antes deste pequeno intervalo, assim como o meu continua depois que o dela terminou. E além do meu, minha mãe tocou muitos e muitos outros infinitos, alguns que eu nunca nem mesmo conheci e alguns que ainda fazem parte do meu próprio infinito. E pelo simples fato de termos convivido durante esse infinitinho ela eliminou milhares de possibilidades de pessoas que eu poderia ter me tornado.
Não importa por quanto tempo, o toque dela influenciou de alguma forma o que somos hoje e mesmo que nosso infinito tenha sido pequeno demais para que ela me dissesse pessoalmente qual caminho seguir ela deixou muitos outros infinitos tocados que completaram o meu e que tenho certeza que me ajudaram a chegar até o ponto exato que ela gostaria.
Por isso no fim eu decidi falar de matemática. Porque é o que os engenheiros fazem. E é o que fomos guiados para fazer, por aqueles que vocês vêem aqui e por aqueles que vocês não vêem. E se tem algo que aprendemos nesse curso foi que os números podem não ser exatos, mas também não mentem. E eles indicam que minha pergunta inicial era das mais bobas. Certo como dois mais dois são quatro, hoje, onde quer que estejam, saiba que cada pedacinho do seu infinito está infinitamente orgulhoso de você.