Um membro da família das rochas respeitáveis |
Aloooou, meu povo!
Finalmente chegamos ao ponto mais esperado da viagem, a razão pela qual a imensa maioria das pessoas se enfiam nas areias vermelhas do deserto australiano: o Uluru. Para quem não sabe, o Uluru é uma baita rocha, com todo o respeito. Muito grande mesmo, maciço, um bloco só. E, tipo um iceberg, tem muito mais debaixo da terra do que o que conseguimos ver. E isso é só geologicamente falando. Histórica e culturalmente ele é ainda mais importante, é um dos lugares mais sagrados (se não o mais) da cultura aborígene.
Para chegar lá, claro, acordamos bem cedo (num frio terrível). A intenção era ver o sol nascer lá e... uau! É meio que o pôr do sol ao contrário, o Uluru vai de preto, para roxo, azul, cinza, vermelho, laranja... E o céu vai mudando junto, um espetáculo! E como esse dia William e Kate já tinham ido embora ficamos no melhor lugar!
Sou dessas que já acorda fofa |
Depois o guia deixou a gente no começo da trilha e liberou todo mundo para dar a volta no Uluru a pé no ritmo e no caminho que quisesse. Só tínhamos que estar de volta a tempo de voltar para a cidade.
A trilha tem mais ou menos 8 km e é tão bem cuidada que nem sei se posso chamar de trilha. Minha descrição aqui vai ser bem pobrinha mesmo porque a melhor explicação que eu tenho é que o Uluru é mágico. E mágica a gente não explica, só sente. Ainda assim, eis o melhor que posso fazer:
É grande. Muito, muito grande. E impressionantemente uniforme. É possível ver poros na rocha, mas não vi rachaduras. Em geral ele é da mesma cor avermelhada da areia do deserto, mas há marcas mais claras e mais escuras que marcam exatamente por onde a água desce quando chove.
À medida que se anda existem algumas placas explicativas, com alguns símbolos e lendas aborígenes, mas é bem pouco porque a maioria das histórias é mantida como um segredo deles. Em alguns pontos nem mesmo é permitido fotografar (Em alguns há explicação do motivo, em outros não) porque são sagrados. Independente de se conhecer as lendas ou não, a simples energia do lugar é diferente, é uma formação única demais para simplesmente existir, sem significado algum. O Uluru é enorme, é soberano naquelas terras, é permanente. É como se a própria natureza fizesse silêncio em sinal de respeito e acabamos fazendo o mesmo. No fim, a força daquela pedra é uma coisa tão gigantesca que a gente sai um pouco mais forte também. Sei lá, você precisa ir lá e ver.
Deserto, mas olha o verde bonito desse capim |
Vê as marcas de chuva? |
Fechamos o deserto com chave de ouro e voltamos à cidade. Fizemos uma parada rápida numa fazenda de camelos, mas, numa boa? Desperdício de tempo. Já em Alice Springs fomos jantar com o pessoal do tour no The Rock Bar (Em Alice Springs tem The Rock tudo) para nos despedirmos e descobrimos que juntar gente do mundo todo para dançar resulta em um espetáculo muito engraçado! Recomendo.
Pra não dizer que não falei dos camelos |
No dia seguinte me despedi de novo das minhas amigas e continuei minha travessia rumo ao sul, para Adelaide. Mas essa fica para a próxima.
Anaa
ResponderExcluirTudo bem?
Meu nome é Maria Paula , eu sou aluna do Coleguium e um dia você foi lá na minha sala para substituir a professora de inglês e falou sobre o seu blog e que você tinha feito intercâmbio para a Austrália e tal
Estou pensando em fazer um intercâmbio só que estou com muitas dúvidas
Tem como eu tirar essas dúvidas com você?
Obrigadaa
Oi, Maria Paula!
ResponderExcluirEu sou super lerda, já até voltei na sua turma e só agora que eu vi o comentário! Hahaha Claro, se você ainda tiver alguma dúvida e eu puder ajudar, estou às ordens!