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Taz versão bad boy das prisão mano |
Alooouuu Brasil!
Deixa eu contar uma coisa triste pra vocês: Estamos aqui falando da Tasmânia sendo que depois disso eu já fui à Nova Zelândia, Perth, Melbourne, Malásia e Indonésia. Sim! Eu sei!! Sou muito enrolada! Já disse isso várias vezes, mas se tudo me permitir, vou acelerar essa palhaçada aqui. Então chega de enrolação e bora conhecer Port Arthur!
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Isso é Port Arthur |
Na verdade, antes de Port Arthur, uma paradinha em Richmond, que é mais ou menos no caminho. O que tem de famoso lá é uma ponte histórica muito bonita, pela qual nós passamos e eu não entendi o porquê da fama. O que nós realmente fizemos lá foi ir ao ZooDoo, um zoológico aproximadamente no meio do nada e bem pequenininho. Ele só tem uma placa indicando e vendo da estrada parece só mais uma fazenda. E é quase isso mesmo.
A parada valeu a pena? Eu diria que sim. Como em alguns dos vários zoológicos australianos, alguns animais ficam soltos e você pode comprar comida para alimentá-los ou só brincar mesmo. No ZooDoo temos cachorro, coelho, porquinho da índia, ovelhas, veados e montes de cangurus, inclusive alguns brancos! Também rola de alimentar alguns animais presos avestruz, lhamas e leões. Yep, leões, brancos também (Além de leões e cangurus o ZooDoo também tem um pavão branco. Acho que eles gostam bastante da cor). Mas esses você precisa comparecer nos horários específicos. E por apenas 150 dólares você pode brincar com os filhotinhos! Não, eu não tinha 150 dólares. E ainda tem uns bichinhos diferentes para ver, como suricatos (Ou Timão, o amigo do Pumba) e, claro, demônios da Tasmânia.
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Ao ataque! |
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Ela tem um bebê!! |
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Eu também tenho um bebê! |
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Viu? Uma fazenda |
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Eu não brinquei com a avestruz, então
fiquem com a participação especial de Ana |
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Uma lhama |
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Um leão "branco" |
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Ela tava com fominha... |
Saindo de Richmond, fomos para Port Arthur, que é famosa por ter sido praticamente uma prisão de segurança máxima e ainda guarda todo um sítio histórico sobre essa época. Devo avisar que a prisão não é dentro da cidade, é antes dela, e por isso eu não visitei Port Arthur em si. Mas não parece ter muito mais para ver também...
A entrada na prisão é cerca de 30 dólares (Isso é muito irônico... Pagar pra entrar na prisão...). Junto com o seu ingresso você recebe uma carta de baralho. Cada carta representa um preso (Ou convicto, como eles chamam) e você deve procurar pela sua entre as imagens em tamanho real para conhecer quem você representa e porque foi preso e depois procurar pelo nome dele em uma parede para descobrir o que aconteceu no final.
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Não parece muito uma prisão, né? |
Apesar da história meio sombria, a antiga prisão agora é um lugar lindo, com um gramado perfeito e muitas florzinhas do campo. Olhando assim não dá pra imaginar que alguém quisesse fugir um dia. Tem também as casas de vários oficiais, um hospício e parte das solitárias, que ainda estão em bom estado, e algumas ruínas, da própria prisão, da igreja (Que podia ser vista de qualquer ponto) e do hospital. Tem também um lindo jardim criado em homenagem às mais de 20 pessoas que morreram quando um homem armado invadiu o café mais famoso do sítio histórico. Como você pode perceber, tudo era muito bonito e interessante, mas o clima era pesado, principalmente depois que você houve as histórias das guias. Duas delas:
O Canguru Fujão: Port Arthur fica em uma península e sua única ligação com o continente é uma estreita faixa de terra chamada de Eagle Neck (O pescoço da águia). Exceto pelo Eagle Neck ao norte, os pontos mais próximos de Port Arthur são a Austrália continetal a oeste, a Nova Zelândia (Ou o Chile) a leste e a Antártida ao Sul. Ou seja, nada de fugir nadando. Sendo o Neck a única saída, havia guardas de plantão o tempo todo e a única chance dos prisioneiros era passar por eles ou conseguir um barco disposto a levá-los por outro caminho. Um deles teve uma ideia brilhante: Matou um grande canguru, se vestiu com a pele e atravessou o Neck pulando calmamente. Porém, o que ele tinha de inteligência ele tinha de azar. Um dos oficiais ao ver o animal decidiu que estava com muita vontade de comer canguru. E assim morreu um fugitivo brilhante.
O Barco Aborígene: Após recapturar um dos fugitivos de Port Arthur os guardas o interrogaram sobre como conseguira escapar. O homem respondeu que encontrou uma grande árvore, construiu uma canoa ao estilo aborígene e com ela navegou tranquilamente até Hobart. Os guardas riram dele e disseram que isso era impossível. Desafiado pelos guardas, ele simplesmente construiu outro barco e fugiu novamente.
A visita às solitárias também é interessante. Elas são terrivelmente escuras e apertadas, o que justifica totalmente a necessidade de construção de um hospício ao lado. Outra coisa assustadora é que quando você entra nessa que é a parte mais sombria de todas os alto falantes tocam sons de correntes e gritos. Daí você já imagina quão agradável deve ser o tour de fantasmas que é oferecido no local durante a noite.
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Hospício |
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Reza a lenda que essa é a casa mais assombrada
de Port Arthur |
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Igreja, O Olho de Deus |
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É uma prisão, mas o chão é coberto de flores
do campo |
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O ingresso inclui um passeio de barco. Boas companhias vendidas separadamente. Hahaha |
Depois disso tudo ainda sobrou um tempinho para ver o Tasman Arch, um arco de pedra sobre o mar, e o Blow Hole (Buraco que esguicha), que é um buraco ligado ao mar. Cada vez que uma onda bate contra as paredes do buraco ele espirra água pelos ares. Ambos foram adicionados ao roteiro por acaso e valeram muito a pena. Aí foi só voltar pra Hobart e se preparar para a próxima: Freycinet.
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Tasman Arch |
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Blow Hole. Dá pra ver o esguicho? |