quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Faça-Em-Um-Dia: Sea Life+ Madame Tussauds+ Wild Life

Vamos fazer tudo num dia só? Ok, mas fique esperto!

Fala meu povo!
 Gente, vocês não imaginam o quanto de trabalho eu tenho para fazer! Meu Deus! Parece que os professores deixaram tudo acumular e por mais que eu faça nunca acaba! Mas agora vai ter uma semana de folga (E tem 3 trabalhos para entregar na volta, mas vamos fingir que não) e eu vou para a Tailândia! Iêêêêêê!! Alegria, alegria!
 O problema é que vou demorar para voltar e quando isso acontecer vou ficar enfurnada nos trabalhos, então eu resolvi deixar um post antes de ir. Tema de hoje: O pacotão da Merlin.
É o canal

 A Merlin é tipo uma empresa que monopoliza as atrações turísticas que é dona de várias atrações aqui na Austrália. Aí como é tudo deles mesmo eles vendem um Annual Pass que é um ingresso que te permite ir em qualquer uma das atrações deles quantas vezes quiser durante um ano. São 11 no total, várias em Sydney, algumas em Melbourne, Brisbane e até na Nova Zelândia. Com isso de eu viajar pra Tailândia descobri que tem Merlin em Singapura também, mas meu passe não vale lá. #Chatiada
 Óbvio que se você está vindo para ficar pouco tempo não vale a pena. A não ser que no seu pouco tempo dê para visitar umas cinco atrações. O passe todo custa 63 dólares e cada atração varia de 20 a 30. Mas é muito fácil arranjar cupom de desconto, então é como se fosse de 18 a 27. Faça as contas e veja o que é melhor. Para mim que vou ficar um ano, provavelmente vou em todas e ainda levar os amiguinhos que vierem me visitar é um ótimo negócio.
 O melhor jeito de começar a gastar o seu passe é na Darling Harbour. O Sea Life, o Madame Tussauds e o Wild Life ficam lá e são um ao lado do outro. Tipo, muito. Paredes coladas, literalmente. E todos os três são da Merlin, então tá liberado. Existe um passe para ir só nos 3, se você não quiser ir em mais atrações.
Ai, mas porque você vai fazer tudo no mesmo dia? Não vai ficar corrido? Questão de gosto, amiguinho. Eu particularmente depois que vi o bicho, tirei uma foto (Isso se o bicho for interessante) e vi se ele faz alguma coisa de diferente tô pronta para o próximo. Você não vai me ver parada por horas observando a beleza de uma estrela do mar.
 Nós saímos de casa às 9h da manhã, visitamos o Sea Life, passamos no Madame Tussauds, almoçamos e fomos no Wild Life a tempo de voltar para casa às 17h. Sem correr.

Sea Life- O Sea Life é o aquário mais legal que eu já fui na vida, ultrapassando os "incríveis" aquários de Natal e Aparecida do Norte, que não têm quase nada. Imagino que como ele fica no meio da cidade seja meio fraquinho, mas para mim foi o auge! Ele tem aqueles túneis que passam por baixo do aquário (Que é uma coisa que eu sempre quis ver) no tanque dos tubarões e dos peixes-boi, que aqui eles chamam de dugong. Tem também um aquário superfofo com a Dory e o Marlin, do Procurando Nemo (Que é um filme muito querido aqui porque parte da história é em Sydney. Lembra? P. Sherman, 42, Wallabie Way...), um outro enooooorme que ocupa uma parede inteira, um ornitorrinco e um aquário com águas vivas que tem uma iluminação especial e faz parecer que elas mudam de cor. Esse eu fiquei um tempo admirando...
Procurando Neeeeemo!
Onde é que ele estáááá?

Ignorem a péssima pose da modelo.
Até onde sua vista alcança, é tudo um aquário só


O túnel que eu amo *-*
A água viva mais linda do mundo!

O tal dugong
Madame Tussauds- Madame Tussauds é uma rede de museus de cera muito famosa, presente nas maiores cidades do mundo e claro que aqui tem uma franquia. Algumas das figuras eram ícones australianos que eu nem conhecia (Alguns eu conheço agora) mas ainda assim tinha muita gente legal para tirar foto (Sim, no museu de cera só tem isso para fazer: Tirar foto). Meus favoritos: Rainha Elizabeth (Porque tinha um trono super estilo), E.T. (Pela bicicleta) e Iron Man (Porque é o Iron Man!). Mas tinham personalidades da música, como Lady Gaga, Rihana e Justin Bieber, políticos (A foto na mesa do Obama é paga), outros heróis, como Homem Aranha e Wolverine, atores vivos e mortos, como Jackie Chan, Johnny Depp e Marilyn Monroe, e mais um monte de outros: Crocodilo Dundee, Oprah Winfrey e por aí vai. Eu passei bem rapidinho, mas tem gente que não sai de lá enquanto não tira foto com todos os acessórios disponíveis.

Se liga na minha dama de companhia
Fã. De leve.


Telefone. Minha caaasa...



Wild Life- Terceiro e último da lista, o Wild Life é um zoológico fechado. Isso mesmo, tem teto. Ou no caso uma tela para evitar que os passarinhos, que ficam soltos, fujam. Coisas legais do Wild Life: O borboletário, que é literalmente uma estufa das mais quentes, mas que você pode entrar e passear no meio das borboletas (Uma até pousou no meu chapéu), o Kangaroo Talk em que você pode ir lá fazer carinho no canguru (Fique esperto. Tem umas telinhas espalhadas pelo zoológico com os horários. Chegue cedo porque tem limite de pessoas. E tem que ouvir as explicações do guia antes. Os outros Talks não pode encostar nos bichos, é só informação mesmo), os passarinhos que estão soltos e são super curiosos, o café que é praticamente dentro da área dos coalas e um dos maiores crocodilos do mundo (Cara, é MUITO grande!).
Olha aí! Pensou que eu fosse
uma flor. Vamos dar um desconto porque
sou mesmo. Haha
Parece que sou amiga dos cangurus? Vocês ainda não viram nada.
Espera o post do Featherdale.


Meu amigo passarinho
Uma pena não ter um padrão de comparação. mas confia em mim, é gigante!


Bom, é isso. Os três valem muito a pena e rendem um dia cheio, mas muito divertido. Recomendo muito!


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

É assim que a banda toca


Alooou meu povo!
 De volta à programação normal! Hoje o tema vai ser música. Como não ando baixando sucessos brasileiros e já estou enjoando da playlist que eu trouxe, comecei a ouvir rádio. E cheguei à conclusão de que eu AMO as músicas daqui, sério. As duas rádio que eu mais escuto disparado se chamam Nova (96.9) e Mix (106.5) (Parece até que é brasileira, né? Hahaha) e é muito raro eu ouvir alguma coisa que tocava no Brasil, mesmo as internacionais, porque aqui elas já são retrô! Mentira, as dos artistas americanos chegam juntas em todos os lugares: Já cansei de ouvir Roar, da Katy Perry, Applause, da Lady Gaga, Get Lucky, do Daft Punky e a nova do Bruno Mars, que eu não lembro o nome. Ah! Quase esqueço. Aqui eles amam One Direction! Não é a toa que eles vão fazer 5788975 shows na Austrália esse ano. As tias no supermercado escutam Nissim Ourfali! De qualquer forma, aqui vai uma pequena amostra de 10 músicas que, se você ainda não conhece, provavelmente virá a conhecer:

1- On the top of the World- Imagine Dragons
Essa é de longe minha canção favorita aqui. Eu amo quando a música começa devagarzinho e de repente tem uma parte superalegre! Adoro ouvir isso caminhando, dá muita vontade de correr no refrão! Sobre a banda: Aparentemente é bem conhecida no Brasil entre as pessoas mais cultas. Tem uma outra música deles que faz muito sucesso e se chama Radioactive, mas eu não gosto tanto...



2- Something I need- One Republic
A segunda melhor, mesmo esquema. Começa devargazinho e depois explode em felicidade! Partiu caminhada!



3- Let her go- The Passenger
Agora uma mais calminha, romântica, porque de vez em quando a gente precisa relaxar... Muito bonita a letra, inclusive.


4-Royals- Lorde
Nem eu mesma sei porque exatamente gosto dessa música. Acho que é por causa da batidinha na parte rápida. Mesmo sem explicação, está entre as minhas favoritas e também tem uma letra interessante, caso alguém queira procurar.

5- Counting Stars- One Republic
Muuuito boa também! Talvez eu esteja virando uma fã. Hahaha


6-The Wire- Haim
Ah! Não precisa de explicação. Vai escutando as músicas...


7-Let's get ridiculous- Redfoo
Essa tem mais coisa para falar. O Redfoo é jurado do X-Factor, que é o programa de calouros mais famoso daqui (É igualzinho o The Voice, só que os jurados podem ver a cara do povo antes de escolher.) Ele é superfofo, simpático (Você deve conhecer uma música dele que tem o belo refrão "I'm sexy and I know it") e lançou a música outro dia mesmo no programa. Em menos de 1 hora era a mais baixada no iTunes. Eu particularmente não acho graça, mas que tem potencial, tem...


8- Pompeii- Bastille
Cantaram essa na abertura do último X-Factor. Sen-sa-cio-nal!



9- Wake me up- Avicii
Mais uma que não é das minhas favoritas, mas faz um sucesso assustador!


10- How Long Will I Love You - Ellie Goulding
Ok, essa não toca muito. A música da Ellie Goulding que toca toda hora se chama Burn. Mas eu gosto tão mais dessa...

Agora, divirtam-se!

domingo, 15 de setembro de 2013

Outro Ponto de Vista

Disney é o caramba! Hoje aqui é Turma da Mônica!

Fala meu povo!
Pausa no turismo por um post. Para quem não sabe, hoje teve Brazilian Day em Sydney. E isso coincidiu com um vídeo que vi e agora eu preciso falar.
Ontem eu assisti a um programa britânico no You Tube sobre como é a televisão em vários lugares do mundo. A idéia é mostrar os programas mais assistidos no país para ver como a TV reflete a cultura local. Claro que o episódio que eu assisti era sobre a TV brasileira. Quando terminou eu estava envergonhada. Meu primeiro pensamento foi: Meu Deus, a televisão brasileira é pior do que eu pensava! Vamos compartilhar esse vídeo e mostrar para o mundo que precisamos de entretenimento de qualidade!
Aí eu parei para pensar direito. Tem alguma coisa muito errada aqui! Se o objetivo do programa era mostrar como é a televisão brasileira, eu como brasileira, mesmo que não assista, não deveria ao menos saber do que eles estão falando? Se eu, que sou nativa, não conhecia as atrações que estavam sendo mostradas, será que aquilo refletia mesmo o nosso estilo de entretenimento?
Veja bem, não vou cometer o mesmo erro que a moça inglesa: Tem muita coisa certa no programa dela. Ela critica o jeito como o Pânico trata as mulheres e humilha a própria equipe, a cultura de amor à bunda, os bizarros merchandisings de Queima-Gordura no meio da discussão sobre uma tragédia, a mania da Rede TV de explorar a desgraça alheia e o fato de comparecer à audiência do Domingo Legal ser o ponto alto da vida de mulheres na periferia. Concordo com isso tudo aí! A TV (principalmente aberta) no Brasil precisa melhorar muito pra ser ruim.
O que me irritou foi ela usar como exemplo programas de baixa audiência ou cenas pontuais para fazer com que tudo parecesse ainda pior do que é! (Acreditem, isso é possível) A impressão que ficou para mim vendo o programa foi de que brasileiros reúnem a família para ver o Miss Bumbum (Que por sinal eu não sabia que era transmitido e o é pelo Multishow, que é canal pago e ao qual a maioria da população nem mesmo tem acesso), idolatram um ex-traficante nas manhãs de domingo (Ok, Belo é ruim, ele já foi preso, mas se o cara agora é cantor e está bem comportado é certo dar destaque justamente à parte ruim? Na Inglaterra a pessoa só pode fazer sucesso se tiver ficha limpa na polícia? Não é o que parece...) e almoçam assistindo a imagens de cadáveres. Ouvi dizer que o tal programa da hora do almoço que transmite cadáveres existe em todo o Nordeste (Embora eu nunca tenho ouvido falar), mas qual será a audiência dele? Será que é isso mesmo que representa a programação da hora do almoço no Brasil?
E as novelas? O grande fenômeno das telinhas brazucas. Aquelas que, por mais que eu não assista e que às vezes pareçam bizarras para nós, se enchem de prêmios internacionais e possuem, sem sombra de dúvidas, as maiores audiências do país. Onde elas ficaram? Elas são sim citadas durante cerca de dois minutos. Exemplo número um: Amigas e Rivais, que nem brasileira é, mas ok, tem gente que assiste. Exemplo número dois: Cristiane Torloni descendo a mão na Letícia Sabatella porque “novela no Brasil é violenta”. Quê?!? Fala que novela no Brasil é sem sentido, é exagerada, é pornográfica e eu vou concordar com tudo, mas violenta? Exceto cenas de crime que são um caso à parte, pessoas normais se estapeando são cenas tão raras que são anunciadas com antecedência pelas revistas e aguardadas com ansiedade pelas senhorinhas que acham que aquela moça levando uns tabefes já estava merecendo. Assim, fora de contexto como foi mostrado, parece pancadaria gratuita e frequente.
Ai, Ana, você fala isso porque veio da burguesia. Seus amigos todos são cult e só vêem série na internet. O povão mesmo só vê porcaria... Concordo. Mas não é o tipo de porcaria mostrada que eles assistem. Primeiro tinha que ter dado destaque às missas e cultos, que são disparado a coisa mais exibida. Depois novela, que é a mais assistida. Ai, mas a Globo não deixa filmar... Tem mais emissora que faz novela. Depois tinha que falar dos jornais e programas esportivos. Aí sim, entra a baixaria. Mas que eu saiba, pelas pessoas humildes que eu conheço, a baixaria que faz sucesso é fofoca e gritaria e não sangue. O que bomba é TV Fama e Casos de Família ou o próprio Domingo Legal, que são ruins? Sim, claro, mas estão longe da idéia do povo que almoça vendo defunto. Mas e o Datena? Ah, gente, fala sério! O Datena, Cidade Alerta e companhia gosta de tragédia, entrevista os bandidos na delegacia, mas cadáver não tem! E o programa é tão pouco sério que agora até anões comediantes já aparecem.
Por último, para alguma coisa ser justa é preciso mostrar sempre os dois lados. Se eu fosse fazer um retrato da televisão brasileira eu mostraria essa porcariada toda: O Pânico, o Casos de Família, as novelas pornográficas, as plateias alienadas, o Datena, mas coisas com audiência de verdade. E então mostraria que há salvação. Por mais que o futebol seja considerado um meio de alienação (Já sei disso!) o Globo Esporte não é um jeito interessante e bem humorado de falar de esportes? A parte sobre Ciência no programa da Eliana não é uma boa forma de despertar o interesse das crianças pela área? O CQC não colabora para despertar algum espírito crítico nas pessoas (E é uma importação muito mais interessante que Amigas e Rivais)? E o Domingo Espetacular? Não é uma boa forma de encerrar o domingo que começou idolatrando um ex-traficante com um pouco de cultura geral?
Sempre que saio aqui em Sydney e as pessoas descobrem que sou brasileira ficam super empolgados e começam a falar que querem ir para a Copa e perguntam sobre as letras das músicas famosas. Estou cansada de ouvir como resposta para eles o mesmo que o vídeo faz, uma exaltação do que temos de pior: (Não apenas dos meus amigos, eu já dei resposta desse tipo) “Vai não, a Copa vai ser uma bagunça” ou “O Brasil não deveria nem sediar um evento desses” ou “Cuidado para não ser roubado lá” ou “Xii... Escuta essa música não, é porcaria”.
EI! PARA E PENSA! Não é isso que a gente deveria responder! Que espécie de povo é esse que só joga o próprio país para baixo? Que compartilha vídeos sobre o lixo de nação que nós somos? Temos a estranha mania de pensar que o Brasil é o fundo do poço enquanto o mundo vive na ilusão de que é o país da alegria. Estamos todos errados e, ao invés de aproveitar a ilusão dos gringos para atrair os investimentos deles para nós, espalhamos por aí nossa visão pessimista e mandamos os dólares para longe.
Então você quer que a gente aplauda a corrupção e a baixaria para aumentar turismo? Não! Já reparou que embora os EUA tenham lá seus defeitos e pressões internas, a imagem que chega para nós é sempre de que lá é uma terra de heróis? Aí que está o segredo. O que eu quero é que a gente pare de reclamar para fora e não fazer nada por dentro. O negócio é vender o peixe para fora e lutar para consertar a parte de dentro. A pena que os gringos vão sentir do nosso povo não vai tirar nenhuma família da pobreza. Já o dinheiro que eles levam para o país tem um potencial bem maior.




Para quem estiver interessado, o programa está nesse link: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QM-Ujx7JET4
E aqui seguem algumas estatísticas televisivas:
13,55% do tempo na televisão brasileira é dedicado à Religião, como Programação IURD, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus.
10,5% são programas de auditório, como Mais você, Hoje em dia, Encontro com Fátima Bernardes, Programa da Tarde e o Domingo Legal, que a moça do vídeo visita

10,3% são telejornais (Jornais mesmo. Nacional, Jornal da Record, Jornal da Band e por aí vai)
8,48% são musicais, como The Voice, Ídolos e videoclipes
7,85% são comerciais e merchandising
7,51% são séries importadas, como Glee e CSI
5,21% são programas infantis
5,09% são programas esportivos
Esses são os 10 gêneros mais exibidos. Um pouco diferente da visão britânica, não? Mas e em termos de audiência? Dados de São Paulo.
Na Globo, os cinco programas mais assistidos são a novela das 9 (com 34 pontos de audiência), seguida pelo Jornal Nacional (26), a novela das 7 (25), o jornal local (SPTV, MGTV, RJTV e cia) (23) e Tapas e Beijos (23)
No SBT temos em primeiro Carrossel (11), Programa Sílvio Santos (10), A Praça é Nossa (8), Cine Espetacular (8) Roda a Roda (8)
Na Record temos Domingo Espetacular (10), Legendários (8), Cidade Alerta (8), José do Egito (8) e Gugu (8)
Partiu Band: Pànico (7) (Primeira baixaria da lista, apenas 7 pontos, menos que todos os outros programas até agora), Brasil Urgente (3 edições diferentes oscilando de 4 a 5 pontos) e Futebol (4)
Por último, Rede TV: Teste de Fidelidade- Madrugada (3), Te Peguei (3), Teste de Fidelidade (2), Mega Senha (2), Tá gravado (2) (Quem diria? A Sônia Abrão não está!)

O Na Mira é exibido apenas na Bahia e tem como audiência recorde 19 pontos, comparada às audiências locais e média de 6.

Outro Ponto de Vista

Disney é o caramba! Hoje aqui é Turma da Mônica!

Fala meu povo!
Pausa no turismo por um post. Para quem não sabe, hoje teve Brazilian Day em Sydney. E isso coincidiu com um vídeo que vi e agora eu preciso falar.
Ontem eu assisti a um programa britânico no You Tube sobre como é a televisão em vários lugares do mundo. A idéia é mostrar os programas mais assistidos no país para ver como a TV reflete a cultura local. Claro que o episódio que eu assisti era sobre a TV brasileira. Quando terminou eu estava envergonhada. Meu primeiro pensamento foi: Meu Deus, a televisão brasileira é pior do que eu pensava! Vamos compartilhar esse vídeo e mostrar para o mundo que precisamos de entretenimento de qualidade!
Aí eu parei para pensar direito. Tem alguma coisa muito errada aqui! Se o objetivo do programa era mostrar como é a televisão brasileira, eu como brasileira, mesmo que não assista, não deveria ao menos saber do que eles estão falando? Se eu, que sou nativa, não conhecia as atrações que estavam sendo mostradas, será que aquilo refletia mesmo o nosso estilo de entretenimento?
Veja bem, não vou cometer o mesmo erro que a moça inglesa: Tem muita coisa certa no programa dela. Ela critica o jeito como o Pânico trata as mulheres e humilha a própria equipe, a cultura de amor à bunda, os bizarros merchandisings de Queima-Gordura no meio da discussão sobre uma tragédia, a mania da Rede TV de explorar a desgraça alheia e o fato de comparecer à audiência do Domingo Legal ser o ponto alto da vida de mulheres na periferia. Concordo com isso tudo aí! A TV (principalmente aberta) no Brasil precisa melhorar muito pra ser ruim.
O que me irritou foi ela usar como exemplo programas de baixa audiência ou cenas pontuais para fazer com que tudo parecesse ainda pior do que é! (Acreditem, isso é possível) A impressão que ficou para mim vendo o programa foi de que brasileiros reúnem a família para ver o Miss Bumbum (Que por sinal eu não sabia que era transmitido e o é pelo Multishow, que é canal pago e ao qual a maioria da população nem mesmo tem acesso), idolatram um ex-traficante nas manhãs de domingo (Ok, Belo é ruim, ele já foi preso, mas se o cara agora é cantor e está bem comportado é certo dar destaque justamente à parte ruim? Na Inglaterra a pessoa só pode fazer sucesso se tiver ficha limpa na polícia? Não é o que parece...) e almoçam assistindo a imagens de cadáveres. Ouvi dizer que o tal programa da hora do almoço que transmite cadáveres existe em todo o Nordeste (Embora eu nunca tenho ouvido falar), mas qual será a audiência dele? Será que é isso mesmo que representa a programação da hora do almoço no Brasil?
E as novelas? O grande fenômeno das telinhas brazucas. Aquelas que, por mais que eu não assista e que às vezes pareçam bizarras para nós, se enchem de prêmios internacionais e possuem, sem sombra de dúvidas, as maiores audiências do país. Onde elas ficaram? Elas são sim citadas durante cerca de dois minutos. Exemplo número um: Amigas e Rivais, que nem brasileira é, mas ok, tem gente que assiste. Exemplo número dois: Cristiane Torloni descendo a mão na Letícia Sabatella porque “novela no Brasil é violenta”. Quê?!? Fala que novela no Brasil é sem sentido, é exagerada, é pornográfica e eu vou concordar com tudo, mas violenta? Exceto cenas de crime que são um caso à parte, pessoas normais se estapeando são cenas tão raras que são anunciadas com antecedência pelas revistas e aguardadas com ansiedade pelas senhorinhas que acham que aquela moça levando uns tabefes já estava merecendo. Assim, fora de contexto como foi mostrado, parece pancadaria gratuita e frequente.
Ai, Ana, você fala isso porque veio da burguesia. Seus amigos todos são cult e só vêem série na internet. O povão mesmo só vê porcaria... Concordo. Mas não é o tipo de porcaria mostrada que eles assistem. Primeiro tinha que ter dado destaque às missas e cultos, que são disparado a coisa mais exibida. Depois novela, que é a mais assistida. Ai, mas a Globo não deixa filmar... Tem mais emissora que faz novela. Depois tinha que falar dos jornais e programas esportivos. Aí sim, entra a baixaria. Mas que eu saiba, pelas pessoas humildes que eu conheço, a baixaria que faz sucesso é fofoca e gritaria e não sangue. O que bomba é TV Fama e Casos de Família ou o próprio Domingo Legal, que são ruins? Sim, claro, mas estão longe da idéia do povo que almoça vendo defunto. Mas e o Datena? Ah, gente, fala sério! O Datena, Cidade Alerta e companhia gosta de tragédia, entrevista os bandidos na delegacia, mas cadáver não tem! E o programa é tão pouco sério que agora até anões comediantes já aparecem.
Por último, para alguma coisa ser justa é preciso mostrar sempre os dois lados. Se eu fosse fazer um retrato da televisão brasileira eu mostraria essa porcariada toda: O Pânico, o Casos de Família, as novelas pornográficas, as plateias alienadas, o Datena, mas coisas com audiência de verdade. E então mostraria que há salvação. Por mais que o futebol seja considerado um meio de alienação (Já sei disso!) o Globo Esporte não é um jeito interessante e bem humorado de falar de esportes? A parte sobre Ciência no programa da Eliana não é uma boa forma de despertar o interesse das crianças pela área? O CQC não colabora para despertar algum espírito crítico nas pessoas (E é uma importação muito mais interessante que Amigas e Rivais)? E o Domingo Espetacular? Não é uma boa forma de encerrar o domingo que começou idolatrando um ex-traficante com um pouco de cultura geral?
Sempre que saio aqui em Sydney e as pessoas descobrem que sou brasileira ficam super empolgados e começam a falar que querem ir para a Copa e perguntam sobre as letras das músicas famosas. Estou cansada de ouvir como resposta para eles o mesmo que o vídeo faz, uma exaltação do que temos de pior: (Não apenas dos meus amigos, eu já dei resposta desse tipo) “Vai não, a Copa vai ser uma bagunça” ou “O Brasil não deveria nem sediar um evento desses” ou “Cuidado para não ser roubado lá” ou “Xii... Escuta essa música não, é porcaria”.
EI! PARA E PENSA! Não é isso que a gente deveria responder! Que espécie de povo é esse que só joga o próprio país para baixo? Que compartilha vídeos sobre o lixo de nação que nós somos? Temos a estranha mania de pensar que o Brasil é o fundo do poço enquanto o mundo vive na ilusão de que é o país da alegria. Estamos todos errados e, ao invés de aproveitar a ilusão dos gringos para atrair os investimentos deles para nós, espalhamos por aí nossa visão pessimista e mandamos os dólares para longe.
Então você quer que a gente aplauda a corrupção e a baixaria para aumentar turismo? Não! Já reparou que embora os EUA tenham lá seus defeitos e pressões internas, a imagem que chega para nós é sempre de que lá é uma terra de heróis? Aí que está o segredo. O que eu quero é que a gente pare de reclamar para fora e não fazer nada por dentro. O negócio é vender o peixe para fora e lutar para consertar a parte de dentro. A pena que os gringos vão sentir do nosso povo não vai tirar nenhuma família da pobreza. Já o dinheiro que eles levam para o país tem um potencial bem maior.




Para quem estiver interessado, o programa está nesse link: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QM-Ujx7JET4
E aqui seguem algumas estatísticas televisivas:
13,55% do tempo na televisão brasileira é dedicado à Religião, como Programação IURD, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Internacional da Graça de Deus.
10,5% são programas de auditório, como Mais você, Hoje em dia, Encontro com Fátima Bernardes, Programa da Tarde e o Domingo Legal, que a moça do vídeo visita

10,3% são telejornais (Jornais mesmo. Nacional, Jornal da Record, Jornal da Band e por aí vai)
8,48% são musicais, como The Voice, Ídolos e videoclipes
7,85% são comerciais e merchandising
7,51% são séries importadas, como Glee e CSI
5,21% são programas infantis
5,09% são programas esportivos
Esses são os 10 gêneros mais exibidos. Um pouco diferente da visão britânica, não? Mas e em termos de audiência? Dados de São Paulo.
Na Globo, os cinco programas mais assistidos são a novela das 9 (com 34 pontos de audiência), seguida pelo Jornal Nacional (26), a novela das 7 (25), o jornal local (SPTV, MGTV, RJTV e cia) (23) e Tapas e Beijos (23)
No SBT temos em primeiro Carrossel (11), Programa Sílvio Santos (10), A Praça é Nossa (8), Cine Espetacular (8) Roda a Roda (8)
Na Record temos Domingo Espetacular (10), Legendários (8), Cidade Alerta (8), José do Egito (8) e Gugu (8)
Partiu Band: Pànico (7) (Primeira baixaria da lista, apenas 7 pontos, menos que todos os outros programas até agora), Brasil Urgente (3 edições diferentes oscilando de 4 a 5 pontos) e Futebol (4)
Por último, Rede TV: Teste de Fidelidade- Madrugada (3), Te Peguei (3), Teste de Fidelidade (2), Mega Senha (2), Tá gravado (2) (Quem diria? A Sônia Abrão não está!)

O Na Mira é exibido apenas na Bahia e tem como audiência recorde 19 pontos, comparada às audiências locais e média de 6.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pequenas Bizarrices de Sydney- Segunda Edição

Muito esquisito...

Fala povo!
  Não, minhas provas não acabaram. Apenas me ferrei em uma hoje e aí resolvi tirar o resto do dia de folga para relaxar. Bom para nós ;) Antes que vocês fiquem preocupados, eu espero vou passar. Tenho fé de que consigo 50% da prova e uma boa nota nos trabalhos. Sim, eu estudei! Simplesmente não deu tempo de terminar. Todos os brasileiros da turma tiveram o mesmo problema. Fica o aviso para quem estiver vindo pra cá.
  Mudando para o assunto que interessa: Acho que teremos muitas edições de bizarrices de Sydney porque quanto mais tempo você passa em uma cidade mais hábitos vai conhecendo. Então vamos lá:

1- Memoriais- Pelo que dizem aqui, os australianos arrasam nas guerras. Pode até ser que sim, mas a informação não se espalhou pelo resto do mundo. Ou pelo menos no Brasil. O exército deles é o Anzac (Australian and New Zealand Army Corps) e aqui tem rua Anzac, praça Anzac, dia Anzac, tudo Anzac. No Hyde Park, que é um parque famoso, bem no centro da cidade, tem um super memorial para as pessoas que participaram de guerras, mas falaremos dele no post do Hyde Park. A curiosidade aqui é um outro memorial, na parte mais rica, onde ficam as lojas das marcas caras. Esse memorial tem flores! Sim! As pessoas continuam colocando flores lá. Não uma ou outra, mas várias. Segue a prova:
Isso que é dar valor aos soldados
Chocolaterias- Ok, isso não é bizarro. É muito bom! Aqui chocolate quente é puro sucesso e você pode encontrar de todas as marcas. Entre elas o bom e velho Starbucks e as sensacionais Lindt e Guylian, que são famosíssimas e caras na mesma proporção. Mas é tão bom que às vezes vale a facada na carteira. Outra chocolateria tão boa e cara quanto, mas menos famosa é a Max Brenner. Quem vier no verão não precisa chorar: Todas têm drinks gelados. E suspeito, apenas suspeito, que são bons.
Dá pra ver que é coisa de pobre
Marcas- Você pode pensar que vai chegar aqui e ficar perdido sem conhecer marca nenhuma. Realmente, você não vai reconhecer a maioria dos nomes. Mas pelo símbolo, vai perceber que no fundo está em casa. Por exemplo, aqui os sorvetes Nestlé são conhecidos como Peters e os da Kibon são Streets. O Burguer King se chama Hungry Jacks e a Seda é Sunsilk. Duvida? Olha aí se não é:
Como não se sentir em casa?
Carrinhos de bebê- Às vezes eu me pergunto como as crianças aqui aprendem a andar um dia. Já vi menino grande andando de carrinho, grande do tipo que parece ter uns quatro anos de idade! Não sei se as criancinhas são preguiçosas ou se é uma forma de facilitar para tomar conta, o fato é que eles estão por toda parte e às vezes é irritante o espaço que ocupam no seu caminho.

Almoço- Aparentemente, aqui o almoço é a refeição menos importante do dia. A principal é o café da manhã, que geralmente as pessoas até saem para tomar! O programa principal das rádios é durante o café e os restaurantes têm menus especiais para este horário. O jantar também é bom, porque as pessoas fazem em casa. Agora o almoço é só uma beliscadinha rápida e todo mundo de volta ao trabalho! Geralmente um sanduíche e tá tudo resolvido.

Escovar os dentes- Cara, eu odeio essa! Aqui escovar o dente antes de dormir já está ótimo! Mais do que isso e você é um neurado com higiene bucal. Não é igual ao Brasil que depois do almoço os banheiros estão lotados, cada um com sua escovinha de viagem e pedindo pasta emprestada para o coleguinha. Como conselho para evitar o cheirinho de cebola depois de comer a Universidade (Sim, as autoridades!) recomendam que você sempre tenha balas na mochila. Eca!

Dança- Eu ainda conheço pouco de música australiana, então para mim a atração da festa é ver o povo dançar. Cada coreografia é mais sensacional que a outra! Nada ensaiado como os nossos axés. Aqui você vê gente só batendo o pé no chão, outro balançando o corpo de leve, outro pulando, outro pulando e sacudindo a cabeça que nem a Joelma do Calypso, outro rebolando em cima da mesa, um povo fazendo trenzinho, um sacudindo os braços, um dando duplo twist carpado, tudo na mesma música! E ninguém fica olhando achando bizarro. Só eu, claro.

Pichação- Surpreendentemente comum aqui. Já vi vários ônibus com os vidros arranhados formando palavras pichadas e alguns rabiscos no chão. Os prédios têm muito pouco. O problema sério mesmo são os ônibus. Aí o governo criou um número só para denunciar isso, tipo um Disque Denúncia da pichação. Você liga e eles limpam tudo. Quem sabe é uma boa idéia para o Brasil?

Até acho que tem mais coisa no meu diário, mas já está um post muito grande, né? Vou deixar o resto para a terceira edição, não chorem. Fui!



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Darling Harbour


Quase isso, mas as luzes são um pouco diferentes...

Alô, povo!
  Tá difícil de escrever, me desculpem. Peguei uma matéria que tem uns trabalhos enoooormes e tá me ocupando muito tempo. Mas hoje resolvi fingir que posso e tô mandando notícias. Hoje o tema é a Darling Harbour.
Que pessoa feliz...

A Darling Harbour nada mais é que uma baía, normal, com vários barquinhos ancorados e uma ponte que abre para passar os navios maiores. Mas por alguma razão acharam que era um bom lugar para colocar mil atrações turísticas. São tantas e tão legais que vou ter que dividí-las em vários posts. Por enquanto basta saber que elas existem.
Começando com o Sea Life

É lá que fica o trio-faça-num-dia-só: Sea Life, que é o aquário, Madame Tussauds, o museu de cera, e Wild Life, o zoológico fechado no meio da cidade. Sensacionais!

Já deu pra ver onde que é, né? Fui visitar meu amiguinho Johnny

Também é lá que fica o i-Max, o maior cinema do mundo, a Marquee, uma das boates mais caras e famosas de Sydney, o Museu Marítimo e é de onde saem vários dos barcos para observar baleias e golfinhos, todas atrações que ainda não visitei, mas estão na lista.
Como ainda não fui nos outros, fiquem com o Wild Life
Como se não bastasse esse tanto de coisa, ainda tem shopping, várias lojinhas e restaurantes, ou seja, depois de ir em todas as atrações você pode continuar visitando a Darling Harbour só para passear mesmo, o que explica porque ela está sempre cheia. E ela ainda fica muito perto de várias coisas, como a George Street, a China Town e o centro de entretenimento.
Ops. Tem uma pessoa aleatória na minha foto
 Coisa estranha: O povo aqui parece meio preguiçoso. Tem um trenzinho (Igual aqueles que tocam música da Xuxa no Brasil, baranguésimos!) que eles usam para atravessar a Darling Harbour, que não deve ter nem dois quilômetros de extensão! Um absurdo! Coisa ruim: Gaivotas! Montes delas! E sem nenhuma vergonha na cara! O Subway da Darling Harbour não tem mesas, então sentamos no píer e passamos o almoço todo tentando escapar do ataque delas. Um garotinho que não teve a mesma sorte perdeu uma peça do brinquedo para esses passarinhos das trevas!
Essas estavam em Coogee Beach, mas é tudo a mesma treva!
Ai, mas eu não quero gastar dinheiro! Vou ficar fazendo o quê nesse lugar? Admirando a paisagem espetacular, talvez? Levando as crianças no playground? (Que inclusive tem um brinquedo de escalada que, na minha opinião, é alto demais para moleque brincar. Deve ter uns 3 metros de altura) Ou as várias fontes e monumentos deixados pela Olimpíada de 2000? Ou quem sabe assistir aos artistas de rua? Várias opções gratuitas. Mas a melhor fica guardada para o final.
Beleza, câmera! Ajudou bastante
Durante a noite a Darling Harbour se transforma em um show de luzes, com prédios que mudam de cor e tudo. E mais ou menos duas vezes por mês tem um show de fogos. Parece reveillon no Brasil, só que sem nenhum motivo especial. Vale a pena ficar para ver.
Eu queria pôr o vídeo, mas não carrega!