segunda-feira, 29 de julho de 2013

Hora do lunch!

Desculpe, Mulan, mas a imagem era muito apropriada. Um dia te dou uma postagem com foto bonita

Um dos tópicos que mais bombam nas perguntas que me fazem é a comida. Muito justo, ninguém quer passer fome em lugar nenhum. Pois na Austrália não tem muito com o que se preocupar.A Austrália tem 1/4 da população formada por estrangeiros. A comida típica aqui é nenhuma. Mal, mal um Fish and Chips (que é peixe empanado com batata frita. Uma delícia!).
Claro que algumas coisas são complicadas, como polvilho e farinha de mandioca, que é bem brasileiro mesmo. Mas outras que pensei que não ia encontrar tem em todo supermercado. Leite condensado, por exemplo. Não parece fazer muito sucesso, já que os doces que eu provei aqui têm no máximo creme de leite, mas os brasileiros parecem bastante satisfeitos.
O que eu como normalmente: Aqui em casa temos bastante arroz e feijão enlatado com molho de tomate, que ainda estamos criando coragem para provar. Temos os clássicos da cozinha fácil: macarrão e ovo, pão,biscoito (doce e salgado), sal, óleo, presunto, queijo, leite, suco, banana, morango, laranja, tomate, cebola, pasta de alho (vende o alho também) e por aí vai. As coisas industrializadas têm um preço até razoável, mas as naturais  destroem o orçamento. Uma curiosidade: aqui eles vendem as verduras separadas, mas o que faz sucesso é um mix de folhas (algumas vêm com cenoura também) que tem um pouco de tudo (acho que tem coisa lá que eu nem sei o nome). Os preços são bons e o melhor é que você acaba comendo de tudo e nem vê. Às vezes eu acho que nem tem muito gosto…
E se for comer fora? Em primeiro lugar, acho que 80% dos restaurantes aqui são orientais. De todos os países do Oriente: Japão, China, Tailândia, Malásia, Indonésia, Iran… tudo! E muitos são bons! Claro que tem que dar uma analisada nos ingredientes, mas sempre tem um mais normalzinho de arroz, frango ou carne e uma saladinha. Tem que arriscar um pouco nos molhos.
Mas também tem restaurante de todos os outros lugares. Os bons e velhos fast-food americanos estão todos aí, tem comida italiana, francesa, espanhola, árabe, tudo um do lado do outro.
E brasileira, tem? Mas é claro! Pertinho da minha casa, na Coogee Bay Road, quase chegando na praia, tem dois restaurantes bastante interessantes. Um se chama Churrasco e o outro Farinha. Nem precise ver de onde é, né? O Churrasco vende, adivinhem, churrasco! À moda brasileira porque churrasco aqui é linguiça e hambúrguer na chapa que você come com pão. Gostoso, mas não é a mesma coisa. O Farinha é especializado em pizza, mas podemos encontrar outras coisas legais, como picanha na chapa e Guaraná Antártica.
Como se não bastasse, correm boatos de que na Botany Street tem um açougue de cortes brasileiros com… massa de pão de queijo! Sim! Mineiros em festa! Em um dia de desespero vou ter que dar um pulo lá.
Ah! E os preços? Também tem de tudo. Já comi fora por $6, $5. Foi o melhor preço que consegui e mesmo assim a maioria era fast food de sábado/domingo. Pratos normais variam de $8 nos restaurantes mais humildes até $30 nos pontos turísticos.
No supermercado os preços variam muito de uma marca para outra. Os mais baratos são os produtos do Coles, uma rede de supermercados grandes que também produz algumas coisas básicas (igual aos produtos Carrefour). Por exemplo, os leites e sucos custam $1 por litro, tem vários biscoitos de $2, o mix de folhas custa $1 por cada 100g (parece pouco, mas é bastante folha), o saco de batata também sai a $1 o quilo, frango por $2 a peça (dá dois ou três bifes), carne moída $5 o quilo… bom, esses são os que eu lembro.

Resumindo: Não estou passando fome! Pelo contrário! Opção de comida é o que não me falta! Às vezes a gente tem que trocar um passeio por uma conta de supermercado, mas já diz o meu pai: Em qualquer lugar do mundo, comer é a prioridade.

sábado, 27 de julho de 2013

Home Sweet Home

Casa de intercambista é assim: sempre cheia e pouco organizada

Depois de chegar em Sydney a missão mais importante e desesperada de todo estudante é encontrar uma casa. Aqui vai como eu resolvi este problema.
Primeiro: Onde procurar? Internet, meu caro Watson. Os sites bons são o Gumtree (se você quiser uma casa que esteja vazia) ou o Flatmates (se você não se incomodar de cair de paraquedas em uma casa já habitada). O Gumtree também tem casas já habitadas, mas no Flatmates não existe vazia.
Procurar casa é um saco e para melhorar um pouquinho nós reunimos nove brasileiras sem-teto em um hostel e nos dividimos naturalmente em grupos menores para encontrar abrigo. Meu grupo era (e ainda é, felizmente) composto por mim, a Bárbara e a (Ana) Clara. Bárbara, que é um poço de eficiência, reuniu alguns endereços e marcou com os proprietários para conhecermos as casas. Se você for alugar uma casa em qualquer lugar do mundo NÃO alugue sem conferir o estado e a localização do imóvel primeiro. Outra dica que vale pelo menos para quem usar o Gumtree: não mande e-mail, eles dificilmente respondem. Telefone, se confiar no seu inglês, ou mande mensagem no celular.
Minhas coleguinhas de casa depois de andar 20 minutos até a praia
Levamos um dia inteiro visitando opções e no final ficamos com a primeira. Nossa casinha fica no meio do caminho entre a faculdade e a praia: uma caminhada de 15 minutos até a universidade e 20 minutos até Coogee Beach. Ela pertence originalmente à Rosie, uma senhora australiana das mais simpáticas. Ela tem quatro filhos: Benjamin, Samantha, Sabrina e Jasmine, as duas últimas moram com a gente. Rosie e os outros moram debaixo da nossa casa, meio que no subsolo. As meninas também são muito gentis, mas reservadas, como todo australiano.
Minha casinha. Fofucha, não?

Para quem quiser saber, possuímos quatro quartos (um meu e da Clara, um da Bárbara, um de Sabrina e um de Jasmine), nenhuma sala de estar, um banheiro equipado com máquina de lavar, uma cozinha e a varanda mais top da Austrália com dois sofa-cama, mesa de estudos, poltrona de balanço e uma rede. Sim, rede! Isso foi decisivo para fechar o negócio. Haha

Nós tivemos muita sorte, encontramos uma casa bem localizada, barata e com senhorio simpático e acho difícil que alguém bata nossa conquista. Mas ainda assim vale a pena procurar. No fim das contas, todo mundo encontra um cantinho para chamar de seu.

Home Sweet Home

Casa de intercambista é assim: sempre cheia e pouco organizada

Depois de chegar em Sydney a missão mais importante e desesperada de todo estudante é encontrar uma casa. Aqui vai como eu resolvi este problema.
Primeiro: Onde procurar? Internet, meu caro Watson. Os sites bons são o Gumtree (se você quiser uma casa que esteja vazia) ou o Flatmates (se você não se incomodar de cair de paraquedas em uma casa já habitada). O Gumtree também tem casas já habitadas, mas no Flatmates não existe vazia.
Procurar casa é um saco e para melhorar um pouquinho nós reunimos nove brasileiras sem-teto em um hostel e nos dividimos naturalmente em grupos menores para encontrar abrigo. Meu grupo era (e ainda é, felizmente) composto por mim, a Bárbara e a (Ana) Clara. Bárbara, que é um poço de eficiência, reuniu alguns endereços e marcou com os proprietários para conhecermos as casas. Se você for alugar uma casa em qualquer lugar do mundo NÃO alugue sem conferir o estado e a localização do imóvel primeiro. Outra dica que vale pelo menos para quem usar o Gumtree: não mande e-mail, eles dificilmente respondem. Telefone, se confiar no seu inglês, ou mande mensagem no celular.
Minhas coleguinhas de casa depois de andar 20 minutos até a praia
Levamos um dia inteiro visitando opções e no final ficamos com a primeira. Nossa casinha fica no meio do caminho entre a faculdade e a praia: uma caminhada de 15 minutos até a universidade e 20 minutos até Coogee Beach. Ela pertence originalmente à Rosie, uma senhora australiana das mais simpáticas. Ela tem quatro filhos: Benjamin, Samantha, Sabrina e Jasmine, as duas últimas moram com a gente. Rosie e os outros moram debaixo da nossa casa, meio que no subsolo. As meninas também são muito gentis, mas reservadas, como todo australiano.
Minha casinha. Fofucha, não?

Para quem quiser saber, possuímos quatro quartos (um meu e da Clara, um da Bárbara, um de Sabrina e um de Jasmine), nenhuma sala de estar, um banheiro equipado com máquina de lavar, uma cozinha e a varanda mais top da Austrália com dois sofa-cama, mesa de estudos, poltrona de balanço e uma rede. Sim, rede! Isso foi decisivo para fechar o negócio. Haha

Nós tivemos muita sorte, encontramos uma casa bem localizada, barata e com senhorio simpático e acho difícil que alguém bata nossa conquista. Mas ainda assim vale a pena procurar. No fim das contas, todo mundo encontra um cantinho para chamar de seu.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pequenas curiosidades de Sydney

Se são boas ou ruins, não sei

Fala, povo!
Estou completando uma semana inteirinha em Sydney e já deu para perceber algumas coisinhas diferentes do Brasil. Vou listar algumas delas para vocês:

Praga de Gaivotas- Já falei aqui como tem gaivota nessa cidade! Mas hoje eu descobri pombos! Sim! Bem que estava achando estranho eles darem brecha para outra ave dominar o mundo… Embora as gaivotas e pássaros esquisitos sejam maioria, tem pombo para todos também!
Aos bichinho aí!


Sinal de Trânsito- Aqui você TEM que atravessar a rua na faixa. TEM em caixa alta sim porque atravessar fora dela dá multa. Aí no poste ao lado de cada sinal tem uma maquininha, creio eu que para cegos, que você aperta e ela apita. Enquanto o sinal está fechado, dá para aguentar. É um apito tranquilinho, parece de monitor cardíaco. Aí o sinal abre e ela começa a apitar desesperadamente como se você só tivesse aquele segundo para atravessar a rua e isso me irrita profundamente! Se a porcaria da máquina não tivesse sua utilidade eu já teria enfiado um chute nela. Mas aí você diz: Nossa, Ana, deixa de drama. Você só tem que aguentar a máquina quando tem cego por perto… Não! Antes fosse! Acontece que o povo aproveita a máquina pra mexer no celular. Você aperta o botãozinho e pode navegar no face sossegado porque até um morto levantaria da tumba e correria pra atravessar a rua quando começa o auê. Outra coisa estranha (e nessa é ponto para o Brasil) é que o sinal só abre para pedestres se todos os de carro estiverem fechados. Não tem essa de atravessar uma rua e ficar esperando o outro semáforo abrir na calçada do meio. É um pouco triste ver os carrinhos todos parados e não poder atravessar.

Banheiro e Lixeiras- São artigos em extinção. Não sei como pode ter tão pouco lixo na rua e tão pouca lixeira ao mesmo tempo! Já estou me acostumando a carregar sacos vazios e papéis por bastante tempo antes de achar uma lixeira. Acho que na rua não tem, só em restaurantes e lojas. Banheiro então, nem se fala! A pessoa aqui com problemas intestinais já sofreu um bocado. Aqui tem um shopping enorme chamado Westfields, com no mínimo seis andares (eu subi até aí, mas acho que não era o ultimo), e UM banheiro. UM MÍSERO BANHEIRO! No quarto andar, se for de interesse de alguém. Nossa, mas deve ser um banheiro enoooorme! SEIS CABINES! Tá bom para você? Em geral banheiro aqui é pouquinho assim mesmo. Por que? Só Deus sabe.

Banco- Não sei se são todos, mas o banco que eu abri minha conta aqui toca música de balada. Isso mesmo! Batidão no banco! O gerente de lá ficou nosso amigo e ligou até um Michel Teló pra gente. E tem uma moça que passa aleatoriamente distribuindo brindes. Já ganhamos balas e canetas.

Supermercados- Aqui existe caixa self-service. Quando você tá com preguiça dos atendentes pode passar as compras pessoalmente na maquininha, pagar (aceita cartão e dinheiro) e ir embora numa boa. Todos os supermercados grandes aqui tem disso (os maiores se chamam Coles e Woolworths) e para levar as coisas para casa a gente usa carrinhos de feira. Como aqui quase ninguém usa carro é tenso levar as coisas até em casa no braço, então esses carrinhos são vendidos para todo lado e quase todas as casas têm um.

Frio- Isso tem que entrar na lista porque antes de eu vir todo mundo falava: Nossa que sorte! Você vai para a Austrália! Lá é quente, sol, praia, mar… Seu nariz! Até o Google me enganou nessa! Aqui é muito frio! Tá, muito frio para os padrões de BH, mas eu sou de BH e posso achar frio! Tivemos que sair e comprar aquecedores para os nossos quartos porque não tava rolando de dormir. Mas os locais nem ligam. 12 graus e tá todo mundo feliz de camiseta e shortinho na rua.

Espírito Esportivo- O pessoal aqui gosta muito de esportes. MUITO mesmo. Os parques estão sempre cheios de gente caminhando mesmo com o frio polar que faz aqui. E caminham no meio da rua e nas pontes também. E têm várias quadras de futebol, basquete, rugby, sempre cheias. A academia da faculdade bomba, sempre tem surfistas e outro dia tinha até um cara na piscina da praia.

Pró-atividade- Outra coisa engraçada do pessoal aqui é que eles saem oferecendo ajuda aleatoriamente. Não precise pedir, as pessoas se oferecem. E não precise nem estar com cara de perdido olhando para os lados. Simplesmente te param na rua e perguntam se precisa de ajuda. Já se ofereceram para carregar minhas malas, para ensinar onde é o ponto de ônibus e para tirar fotos. Muito fofos!

Cupons- Tudo aqui tem cupons de desconto! E montes de promoções! Quase tudo tem uma promoção do tipo compre um, leve dois (desde sanduíches até ingressos de parque). Na porta do hostel tinha uma parede onde ficavam pendurados cupons de desconto e você podia pegar à vontade. Quando a gente se associa à Arc (uma associação de alunos da minha universidade, vamos chegar lá), ganha dois livrinhos de cupons de descontos e atrás das notinhas de supermercado adivinha o que tem? Isso mesmo! Mais cupons impressos! Eles estão por toda parte e estamos nos organizando para aproveitá-los ao máximo!

Acho que por enquanto foi isso que eu achei de bizarrices. Mas certamente teremos mais em breve!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Primeiras Impressões


Chegando a Sydney, o primeiro desafio era encontrar o hostel. Muito fácil! Aqui, mais do que nunca, vale o ditado do quem tem boca vai a Roma. As pessoas são extremamente gentis! Reservadas, mas gentis. A segurança da estação de trem não conhecia o hostel e entrou na sala dela para jogar no Google! Depois pedimos ajuda para uma senhora que nos acompanhou boa parte do caminho e ainda encontramos um outro moço que explicou passo a passo como chegar. Isso tudo porque andamos UM quarteirão! Hahaha

Nosso hostel é o YHA Railway Square, que fica ao lado da estação de trem. Literalmente. É uma gracinha! Muito limpinho e organizado, os funcionários são todos simpáticos e jovens, como a maioria dos hóspedes. O chuveiro é maravilhoso, embora um pouco apertado. Tem televisão, cozinha completa e piscina, ou seja, fiquei bem.
Então, é isso que se vê da porta do hostel. Sem filtros

Como chegamos 08:00 da manhã e dormir não ia ser muito inteligente, pois ficaríamos vivendo no fuso do Brasil, resolvemos conhecer um pouco a cidade, que por sinal é muito bonita!

Não vou dizer que é perfeita porque é mentira. Por exemplo, aqui tem muito mendigo. Tanto quanto no Brasil. A diferença é que eles não pedem esmola. Ficam lá quietinhos no canto deles, com um potinho de colocar moeda. Se você quiser ajudar bem, se não quiser, amém. Ninguém te para na rua pedindo um trocado.

Outra coisa que não sei se é bom ou ruim são as gaivotas. Elas são uma praga aqui, igual aos pombos no Brasil. Igual mesmo! De as velhinhas sentarem no banco e jogarem migalhas para as gaivotas e elas darem rasantes para roubar a comida de quem passar distraído. São montes delas que aparecem em tudo quanto é canto do centro. Nos subúrbios tem uma outra ave que está em toda parte, mas eu não sei o nome dela ainda. É essa aí:
Update: Agora já sei, chama íbis.

Além disso, no primeiro dia já deu para perceber que aqui a cidade cresce para todos os lados. Inclusive para cima e para baixo. Eu diria até que mais para baixo. Tem muitas lojas subterrâneas e atravessá-las é uma pequena loteria. A gente fica meio perdido e só Deus sabe em qual rua você vai sair. Já aprendi onde algumas delas começam e terminam mas não sei como chegar aos mesmos pontos por fora delas. Resultado: Às vezes eu atravesso uma loja simplesmente porque é o único caminho que eu sei até onde quero ir. E às vezes só porque é um bom atalho.
Fomos do hostel até a Darling Habour, que é onde fica a famosa Opera House (o prédio branco que é o cartão postal daqui). É um pouco longe e voltamos mortos para o hostel. Isso aí foi o que deu para perceber em um passeio tão rápido. Mas depois vi muito mais coisa. Mas deixa para outro post, né?

Primeiras Impressões


Chegando a Sydney, o primeiro desafio era encontrar o hostel. Muito fácil! Aqui, mais do que nunca, vale o ditado do quem tem boca vai a Roma. As pessoas são extremamente gentis! Reservadas, mas gentis. A segurança da estação de trem não conhecia o hostel e entrou na sala dela para jogar no Google! Depois pedimos ajuda para uma senhora que nos acompanhou boa parte do caminho e ainda encontramos um outro moço que explicou passo a passo como chegar. Isso tudo porque andamos UM quarteirão! Hahaha

Nosso hostel é o YHA Railway Square, que fica ao lado da estação de trem. Literalmente. É uma gracinha! Muito limpinho e organizado, os funcionários são todos simpáticos e jovens, como a maioria dos hóspedes. O chuveiro é maravilhoso, embora um pouco apertado. Tem televisão, cozinha completa e piscina, ou seja, fiquei bem.
Então, é isso que se vê da porta do hostel. Sem filtros

Como chegamos 08:00 da manhã e dormir não ia ser muito inteligente, pois ficaríamos vivendo no fuso do Brasil, resolvemos conhecer um pouco a cidade, que por sinal é muito bonita!

Não vou dizer que é perfeita porque é mentira. Por exemplo, aqui tem muito mendigo. Tanto quanto no Brasil. A diferença é que eles não pedem esmola. Ficam lá quietinhos no canto deles, com um potinho de colocar moeda. Se você quiser ajudar bem, se não quiser, amém. Ninguém te para na rua pedindo um trocado.

Outra coisa que não sei se é bom ou ruim são as gaivotas. Elas são uma praga aqui, igual aos pombos no Brasil. Igual mesmo! De as velhinhas sentarem no banco e jogarem migalhas para as gaivotas e elas darem rasantes para roubar a comida de quem passar distraído. São montes delas que aparecem em tudo quanto é canto do centro. Nos subúrbios tem uma outra ave que está em toda parte, mas eu não sei o nome dela ainda. É essa aí:
Update: Agora já sei, chama íbis.

Além disso, no primeiro dia já deu para perceber que aqui a cidade cresce para todos os lados. Inclusive para cima e para baixo. Eu diria até que mais para baixo. Tem muitas lojas subterrâneas e atravessá-las é uma pequena loteria. A gente fica meio perdido e só Deus sabe em qual rua você vai sair. Já aprendi onde algumas delas começam e terminam mas não sei como chegar aos mesmos pontos por fora delas. Resultado: Às vezes eu atravesso uma loja simplesmente porque é o único caminho que eu sei até onde quero ir. E às vezes só porque é um bom atalho.
Fomos do hostel até a Darling Habour, que é onde fica a famosa Opera House (o prédio branco que é o cartão postal daqui). É um pouco longe e voltamos mortos para o hostel. Isso aí foi o que deu para perceber em um passeio tão rápido. Mas depois vi muito mais coisa. Mas deixa para outro post, né?

domingo, 21 de julho de 2013

Uma Jornada Muito Esperada


Fala meu povo!

Já estou em Sydney há alguns dias e vou postar aqui o que eu vi de interessante em cada um deles. Mas primeiro muita gente quer saber como foi viajar tanto tempo (Cerca de 38h) até o outro lado do mundo. Minha opinião: Muito tranquilo! Mas eu não sirvo muito de base, porque nada me incomoda na vida. Ainda assim, senta que lá vem história:

Para começar, devo admitir que não é nada fácil dormir. Para mim que durmo feito uma pedra e em qualquer canto foi fácil, mas pessoas como meu pai, por exemplo, que só dormem em posição perfeitamente horizontal, podem desistir. A cadeira inclina muito pouco (A não ser nas classes melhores que a econômica, claro) e é tempo demais para ficar sem dormir. Puxa, então a pessoa que não consegue dormir sentada não pode ir pra Austrália? Pode, claro. Meu conselho: Vai, mas dorme uma noite em Santiago e aí continua a viagem até Sydney, senão vai cansar muito. Fora este pequeno probleminha, vamos às maravilhas:

O vôo de BH para São Paulo não tem muita graça. Foi uma hora só, comidinha besta (Suco e um saquinho de amendoim. Pobreza!) e a paisagem boa e velha das cidades brasileiras. Vale a pena levar um livro porque não tem entretenimento nenhum. Já na parte de São Paulo para Santiago a coisa começa a ficar emocionante.

Para o meu azar, no vôo de São Paulo para Santiago a comandante mandou recolher algumas bagagens de mão (Era pra ser só as maiores, mas a coisa foi meio aleatória) e é claro que a minha se foi. Ela deveria ter sido despachada para Santiago, mas acabou que só quem fosse entrar no país podia pegar as bagagens e então minha malinha veio direto para Sydney no meio da carga mesmo e isso explica a ausência de fotos das coisas que vou contar aqui porque minha câmera foi despachada junto. Para minha sorte, meu vôo saía de São Paulo às 17:35 e atrasou 20 minutos. Ou seja, saí no pôr do sol. Quem nunca teve a oportunidade de ver o pôr do sol de um avião, por favor, compre um vôo para este horário. É maravilhoso!! Dá para ver a linha fininha do horizonte toda alaranjada enquanto o céu acima vai escurecendo aos pouquinhos, com uma única estrela muito brilhante… Nem precisa de livro ou de filme por meia hora, o pôr do sol já distrai. Como se não bastasse, quase chegando a Santiago (cerca de meia hora antes) olhei pela janela como quem não quer nada e de repente parecia que o avião estava dando um rasante! Nada disso. Era só a Cordilheira dos Andes! Linda! Incrível! Enorme!! Ganhou do pôr do sol de São Paulo. As montanhas com o topo branquinho, tão branco que dava para ver à noite, tão alto que parecia muito perto do avião. E uma cordilheira sem fim… Devo ter ficado mais meia hora só olhando as montanhas passando e imaginando a vida nas casinhas isoladas que eu vi no meio delas. E depois que elas passam? Tem uma cidadezinha bem no pé da Cordilheira que eu não sei o nome mas que merecia roubar o da capital de Minas. Que horizonte era aquele? Espetacular!! Esse vôo todo durou 4h.

Apenas duas horinhas no aeroporto de Santiago e peguei o vôo para Sydney, com uma pequena parada no aeroporto de Auckland, na Nova Zelândia, para reabastecer. Aí muita gente pensa: Nossa, essa parte deve ser muito chata! Só voar acima do mar…Aí que você se engana, pequeno gafanhoto! Na primeira parte do vôo o avião foi acima das nuvens, o que significa que ao olhar pela janelinha eu via o Cruzeiro do Sul me acompanhando. Não acima, nem abaixo, mas ao lado! Não sei que macumba ou ilusão de ótica causa isso, mas é como se voássemos entre as estrelas! Aí lá vai a boba aqui perder mais um tempão admirando a proximidade e a clareza das constelações. Mas é claro que dez horas de vôo observando constelação é demais, né? Para isso, temos um excelente avião. Cada cadeirinha tem uma pequena central multimídia, com filmes, jogos, programas de tv e até um GPS para acompanhar o progresso da viagem (Esse ultimo às vezes é desanimador. Haha). E não pensa que é só filme esquisito e chinfrim, não! Tem de tudo, separadinho por gênero. Eu mesma vi um filme bem recente, que foi O Hobbit- Uma Jonada Inesperada (Amei, estava louca para ver! E ainda inspirou o título do meu post. Haha), e um clássico, Alladin (Já avisei aqui que sou uma criança). Mas tinha filme ainda mais novo, como Argo (Que ganhou o Oscar de melhor filme) e alguns alternativos (Inclusive brasileiros, como Capitães de Areia, Meu Pé de Laranja Lima e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias). Todos podem ser em inglês ou espanhol e muitos têm também em português. Como se não bastasse eles nos entopem de comida! Três refeições, todas com entrada, prato principal, bebida e sobremesa. A entrada geralmente é só um biscoitinho, com manteiga ou geléia. O prato principal costuma ser um sanduíche, mas teve também omelete e salmão (Sim, salmão!). De bebida tem suco, café, chá, refri, cerveja, vinho, uísque, vodka, ou seja, quase tudo! E as sobremesas são variadas. Eu vi frutas, pudim de coco e muffins. O ponto final dessa parte, como eu já disse, é o aeroporto de Auckland, que é de longe o mais bonito dos cinco que eu visitei. Ele é todo decorado com portais maoris (Alguns até com efeitos de luzes e plantas artificiais), muito espaçoso e iluminado. Ele tem também um carpete muito legal com uns desenhos que parecem listras de zebras e cobrem todo o piso. Além das enormes cadeiras acolchoadas para esperar os aviões, as salas de embarque contam com cadeiras de massagem! Alto nível!

A última parte é o vôo de Auckland até Sydney. Este foi durante o amanhecer, um espetáculo bastante parecido com o entardecer de São Paulo, porém não pude ver tão bem porque como viajávamos para o oeste o amanhecer estava atrás do avião e meu pescoço já não tava aguentando ficar olhando pra trás. Mas isso não significa que não teve nada de bonito. Mais uma vez estávamos acima das nuvens, mas agora com o céu claro e sem estrelas, tinha a impressão de o mundo estava de cabeça para baixo! Com as nuvens abaixo e um azul de mar acima, com direito até a uma linha do horizonte, dava um efeito muito engraçado! Depois que clareou ainda mais deu para ver as nuvens balançando com o vento, em ondas, igualzinho no mar! Mais perto do pouso o avião passou novamente para abaixo das nuvens e então eu pude ver o mar de verdade. E qual não foi minha surpresa ao perceber que enquanto as nuvens ondulavam o mar parecia completamente parado! Dava para ver as ondas, mas elas não se moviam! Como se estivesse tudo congelado! Mais uma vez, não sei que macumba ou ilusão de ótica causa isso, mas é bem legal! Depois de 14h desde Santiago, cheguei em Sydney às 7:30 da manhã e aí eu vi mais um monte de coisa… Mas isso vai ficar para o próximo post porque esse já está enorme.

Só para concluir, a moral da história: 38h de vôo pode parecer uma provação terrível, mas, como tudo na vida, depende de qual copo você enxerga: o meio cheio ou o meio vazio. Se você pensar direito e procurar um pouco de poesia nas coisas, vai ver que, sim, sempre existe um motivo para sorrir.

Uma Jornada Muito Esperada


Fala meu povo!

Já estou em Sydney há alguns dias e vou postar aqui o que eu vi de interessante em cada um deles. Mas primeiro muita gente quer saber como foi viajar tanto tempo (Cerca de 38h) até o outro lado do mundo. Minha opinião: Muito tranquilo! Mas eu não sirvo muito de base, porque nada me incomoda na vida. Ainda assim, senta que lá vem história:

Para começar, devo admitir que não é nada fácil dormir. Para mim que durmo feito uma pedra e em qualquer canto foi fácil, mas pessoas como meu pai, por exemplo, que só dormem em posição perfeitamente horizontal, podem desistir. A cadeira inclina muito pouco (A não ser nas classes melhores que a econômica, claro) e é tempo demais para ficar sem dormir. Puxa, então a pessoa que não consegue dormir sentada não pode ir pra Austrália? Pode, claro. Meu conselho: Vai, mas dorme uma noite em Santiago e aí continua a viagem até Sydney, senão vai cansar muito. Fora este pequeno probleminha, vamos às maravilhas:

O vôo de BH para São Paulo não tem muita graça. Foi uma hora só, comidinha besta (Suco e um saquinho de amendoim. Pobreza!) e a paisagem boa e velha das cidades brasileiras. Vale a pena levar um livro porque não tem entretenimento nenhum. Já na parte de São Paulo para Santiago a coisa começa a ficar emocionante.

Para o meu azar, no vôo de São Paulo para Santiago a comandante mandou recolher algumas bagagens de mão (Era pra ser só as maiores, mas a coisa foi meio aleatória) e é claro que a minha se foi. Ela deveria ter sido despachada para Santiago, mas acabou que só quem fosse entrar no país podia pegar as bagagens e então minha malinha veio direto para Sydney no meio da carga mesmo e isso explica a ausência de fotos das coisas que vou contar aqui porque minha câmera foi despachada junto. Para minha sorte, meu vôo saía de São Paulo às 17:35 e atrasou 20 minutos. Ou seja, saí no pôr do sol. Quem nunca teve a oportunidade de ver o pôr do sol de um avião, por favor, compre um vôo para este horário. É maravilhoso!! Dá para ver a linha fininha do horizonte toda alaranjada enquanto o céu acima vai escurecendo aos pouquinhos, com uma única estrela muito brilhante… Nem precisa de livro ou de filme por meia hora, o pôr do sol já distrai. Como se não bastasse, quase chegando a Santiago (cerca de meia hora antes) olhei pela janela como quem não quer nada e de repente parecia que o avião estava dando um rasante! Nada disso. Era só a Cordilheira dos Andes! Linda! Incrível! Enorme!! Ganhou do pôr do sol de São Paulo. As montanhas com o topo branquinho, tão branco que dava para ver à noite, tão alto que parecia muito perto do avião. E uma cordilheira sem fim… Devo ter ficado mais meia hora só olhando as montanhas passando e imaginando a vida nas casinhas isoladas que eu vi no meio delas. E depois que elas passam? Tem uma cidadezinha bem no pé da Cordilheira que eu não sei o nome mas que merecia roubar o da capital de Minas. Que horizonte era aquele? Espetacular!! Esse vôo todo durou 4h.

Apenas duas horinhas no aeroporto de Santiago e peguei o vôo para Sydney, com uma pequena parada no aeroporto de Auckland, na Nova Zelândia, para reabastecer. Aí muita gente pensa: Nossa, essa parte deve ser muito chata! Só voar acima do mar…Aí que você se engana, pequeno gafanhoto! Na primeira parte do vôo o avião foi acima das nuvens, o que significa que ao olhar pela janelinha eu via o Cruzeiro do Sul me acompanhando. Não acima, nem abaixo, mas ao lado! Não sei que macumba ou ilusão de ótica causa isso, mas é como se voássemos entre as estrelas! Aí lá vai a boba aqui perder mais um tempão admirando a proximidade e a clareza das constelações. Mas é claro que dez horas de vôo observando constelação é demais, né? Para isso, temos um excelente avião. Cada cadeirinha tem uma pequena central multimídia, com filmes, jogos, programas de tv e até um GPS para acompanhar o progresso da viagem (Esse ultimo às vezes é desanimador. Haha). E não pensa que é só filme esquisito e chinfrim, não! Tem de tudo, separadinho por gênero. Eu mesma vi um filme bem recente, que foi O Hobbit- Uma Jonada Inesperada (Amei, estava louca para ver! E ainda inspirou o título do meu post. Haha), e um clássico, Alladin (Já avisei aqui que sou uma criança). Mas tinha filme ainda mais novo, como Argo (Que ganhou o Oscar de melhor filme) e alguns alternativos (Inclusive brasileiros, como Capitães de Areia, Meu Pé de Laranja Lima e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias). Todos podem ser em inglês ou espanhol e muitos têm também em português. Como se não bastasse eles nos entopem de comida! Três refeições, todas com entrada, prato principal, bebida e sobremesa. A entrada geralmente é só um biscoitinho, com manteiga ou geléia. O prato principal costuma ser um sanduíche, mas teve também omelete e salmão (Sim, salmão!). De bebida tem suco, café, chá, refri, cerveja, vinho, uísque, vodka, ou seja, quase tudo! E as sobremesas são variadas. Eu vi frutas, pudim de coco e muffins. O ponto final dessa parte, como eu já disse, é o aeroporto de Auckland, que é de longe o mais bonito dos cinco que eu visitei. Ele é todo decorado com portais maoris (Alguns até com efeitos de luzes e plantas artificiais), muito espaçoso e iluminado. Ele tem também um carpete muito legal com uns desenhos que parecem listras de zebras e cobrem todo o piso. Além das enormes cadeiras acolchoadas para esperar os aviões, as salas de embarque contam com cadeiras de massagem! Alto nível!

A última parte é o vôo de Auckland até Sydney. Este foi durante o amanhecer, um espetáculo bastante parecido com o entardecer de São Paulo, porém não pude ver tão bem porque como viajávamos para o oeste o amanhecer estava atrás do avião e meu pescoço já não tava aguentando ficar olhando pra trás. Mas isso não significa que não teve nada de bonito. Mais uma vez estávamos acima das nuvens, mas agora com o céu claro e sem estrelas, tinha a impressão de o mundo estava de cabeça para baixo! Com as nuvens abaixo e um azul de mar acima, com direito até a uma linha do horizonte, dava um efeito muito engraçado! Depois que clareou ainda mais deu para ver as nuvens balançando com o vento, em ondas, igualzinho no mar! Mais perto do pouso o avião passou novamente para abaixo das nuvens e então eu pude ver o mar de verdade. E qual não foi minha surpresa ao perceber que enquanto as nuvens ondulavam o mar parecia completamente parado! Dava para ver as ondas, mas elas não se moviam! Como se estivesse tudo congelado! Mais uma vez, não sei que macumba ou ilusão de ótica causa isso, mas é bem legal! Depois de 14h desde Santiago, cheguei em Sydney às 7:30 da manhã e aí eu vi mais um monte de coisa… Mas isso vai ficar para o próximo post porque esse já está enorme.

Só para concluir, a moral da história: 38h de vôo pode parecer uma provação terrível, mas, como tudo na vida, depende de qual copo você enxerga: o meio cheio ou o meio vazio. Se você pensar direito e procurar um pouco de poesia nas coisas, vai ver que, sim, sempre existe um motivo para sorrir.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Como eu me sinto indo embora


Bom, para quem não sabe, eu embarco para Sydney amanhã. Eu, particularmente mal me seguro de empolgação! Já disse isso aqui uma vez e confirmo: Adoraria ter o sonho de comprar uma mansão ou uma Ferrari, mas meu sonho é conhecer o mundo e, por mais que eu preferisse querer outra coisa, é atrás disso que eu corro.
A parte ruim é que me sinto péssima pelas pessoas que ficam!! Tenho uma vida inteira construída em torno do objetivo complicado de evitar que as pessoas chorassem e agora destruí tudo de uma vez! Sou o pior dos seres humanos, a rainha do egoísmo! Vou fazer um monte de gente sofrer em nome de um sonho MEU! Só MEU!
Por isso, gostaria de deixar aqui minhas sinceras desculpas. Vou fazer de tudo para mandar o máximo de notícias possível e amenizar o estrago que eu causei. Desculpa, desculpa, desculpa!
Para ilustrar, fica uma cena do filme Enrolados, que mostra EXATAMENTE o meu problema. Para quem nunca viu, nessa cena Rapunzel acabou de fugir da torre e embora esteja feliz com a liberdade está com peso na consciência por fazer a mãe sofrer. Só que a mãe dela é a bruxa má e eu estou largando pessoas boas de verdade pra trás.